Um dos casos mais emblemáticos da paixão pelo futebol – e para não dizer, um dos mais belos – deu-se no natal de 1914, quando soldados ingleses e alemães saíram das trincheiras e se confraternizaram por algumas horas na “terra de ninguém”, expressão pela qual chamavam a área “neutra” entre as fortificações inimigas e severamente castigada por bombardeios. A trégua aconteceu espontaneamente em vários locais do front ocidental (que ia do Mar do Norte aos Alpes suíços, cruzando a França). Coisas parecidas já tinham ocorrido na semana anterior, como em Armentières (França), quando soldados dos dois lados haviam acertado um cessar-fogo para que ocorresse uma festa de aniversário a um comandante alemão, bem como em Fleurbaix (França), para o enterro dos combatentes tombados nas batalhas.
Texto extraído de “Uma História das Copas do Mundo” (Armazém da Cultura, Fortaleza, 2014) de autoria de Airton de Farias, escritor e historiador cearense. Reproduzido do blog de Juca Kfouri, jornalista paulista.
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