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Em 2021, o Brasil registrou um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Fernando Frazão/Ag. Brasil)
O dia 10 de outubro marca o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Para marcar a data, o programa Bem Viver traz uma entrevista com a dramaturga Michelle Ferreira. Ela é roteirista da série “Não Foi Minha Culpa”. A produção conta a história real, com adaptações, de 10 mulheres que foram vítimas de feminicídio.
Em conversa com o repórter José Eduardo Bernardes, ela diz que a série busca ir além da tragédia.
“O que a gente tentou fazer, óbvio, foi contar essa história de violência, mas saudar e nos aprofundar na vida dessas mulheres, que não representam só um fetiche do entretenimento e da violência, mas que possam ter a voz para si, pra defender a própria vida delas”, conta a Ferreira.
Números
Em nível nacional, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho com informações do setor de segurança pública no Brasil, mostrou que, em 2021, os casos de agressão por violência doméstica aumentaram 0,6%, somando 230.861 registros no ano. O número de ameaças subiu 3,3% e chegou a 597.623 casos.
As chamadas telefônicas pelo número 190 atingiram 619.353, com avanço de 4% sobre o ano anterior. Foram concedidas 370.209 medidas protetivas de urgência, com crescimento de 13,6%.
Políticas de combate à violência contra a mulher
O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) fez um mapeamento sobre a políticas de combate à violência contra a mulher no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A constatação do grupo é de que 2022 foi o ano da atual gestão com menor orçamento para a área. Segundo o levantamento, foram destinados R$ 8,6 mi para o programa Casa da Mulher Brasileira. Ao dividir o montante, cada estado recebeu pouco mais de R$ 300 mil em recursos para investimentos no serviço.
A pedido do portal G1, o Inesc também fez uma comparação entre os orçamentos para as políticas voltadas ao combate da violência contra a mulher nos quatro anos da atual e gestão e nos quatro anteriores. O resultado reflete um corte de 94% para a área.
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