. Denunciadores, os versos de O Navio Negreiro, do poeta baiano Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), eternizaram-se na literatura brasileira e também por serem um símbolo histórico abolicionista. A liberdade dos escravos no Brasil somente ocorreria 17 anos depois da morte do escritor, que ficou conhecido como o “Poeta dos Escravos”.
Castro Alves nasceu em um lugar chamado fazenda Cabaceiras, próxima à vila de Curralinho (hoje, a cidade leva o nome do escritor), há exatos 175 anos. Ele viveu apenas 24 anos, quando foi vitimado pela tuberculose. Ainda que jovem, ficou famoso, consagrou-se e era rodeado enquanto declamava seus ideais em narrativas e descrições rimadas.
A memória do nascimento de Castro Alves é um dos destaques desta semana. Os pensamentos do consagrado escritor, na segunda metade do século 19, são estudados e apreciados da escola a universidade, lidos por crianças a adultos, mesmo tanto tempo depois da época em que ele viveu. Nas aulas, nas bibliotecas ou no meio da rua – como fez um jovem escritor fã de Castro Alves, que colocou os versos em árvores.
Para saber mais sobre a história do jovem poeta, programas e reportagens de veículos da Empresa Brasil de Comunicação fazem revisitas à época e proporcionam reflexões sobre a escravidão no Brasil. Entre os programas especiais, o De Lá Pra Cá, da TV Brasil, veiculado em 2011, explica a trajetória do poeta – a saída da Bahia, a vida no Recife, no Rio de Janeiro e a chegada a São Paulo, onde se inscreveu na Faculdade de Direito.
. Foi na capital paulista que ele escreveu obras-primas como O Navio Negreiro e Vozes D´África. O programa contextualiza que Castro Alves foi um dos principais autores do romantismo brasileiro. Assista: .
E o podcast Rádio Memória, produção do Rádio Sociedade, da Rádio MEC, recuperou um trecho do Almanaque Kolynos, que, em março de 1947, homenageou o poeta pela ocasião do centenário de seu nascimento. Acompanhe uma dramatização da biografia de Castro Alves, do seu nascimento à sua morte, e fala da família, amores, de sua carreira como poeta, de sua amizade com Machado de Assis e Rui Barbosa:
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