Desde o ano de 2007, a criação do “pão líquido” é comemorada internacionalmente na primeira sexta-feira do mês de agosto. A data foi criada por ideia de quatro amigos na Califórnia – EUA, com o propósito de celebrar a existência de uma das bebidas mais consumida.
1 – Antiguidade Estima-se que a cerveja exista há pelo menos 9 mil anos. Os primeiros registros da sua existência vêm do sul da Mesopotâmia, na região que ficou conhecida como Suméria e que hoje seria território do Iraque e do Kwait, na Ásia.
2 – As mulheres
As mulheres teriam sido as responsáveis pela produção da bebida. As primeiras cervejas surgiram a partir de grãos de cevada guardados em tinas, sofrendo a ação do tempo (chuva e fermentação natural). A observação e o trabalho feminino identificou e desenvolveu as primeiras técnicas de fabricação;
3 – Cerveja já foi Dinheiro
Na terra dos faraós, o Egito antigo, a cerveja era uma espécie de moeda. Estima-se que o pagamento aos trabalhadores que construíam as pirâmides era de 4 a 5 litros de cerveja por dia.
Vale lembrar que a prática se estendeu também para a Mesopotâmia onde encontrou- se registros em pedra datada de 5 mil anos mostrando troca de trabalho tendo a cerveja como moeda.
4 – Pão líquido
Durante a idade média, os monges tiveram um papel fundamental para o melhoramento das receitas de cerveja. E eles não só produziam! Por ser uma bebida encorpada, ela era consumida em grandes quantidades durante os tradicionais jejuns. A repetição de receitas os fizeram refinar processos e melhorar os equipamentos. Então devemos muito a eles.
5 – Alimento Matinal
Também na Idade Média, a cerveja era um líquido consumido até mesmo por crianças. Isso pode estar ligado à precariedade do saneamento básico na época e, principalmente, à dificuldade de se achar água que não estivesse poluída. Ainda hoje, é hábito de alguns europeus beberem cerveja como forma de alimentação, pela manhã.
6 – Os pubs
Os pubs britânicos devem sua origem às mulheres e, claro, à cerveja. As ale wives (´esposas da ale ´- cerveja) produziam e recebiam pessoas para consumir a bebida em suas casas.
7 – Enchurrada de cerveja
Outra curiosidade ligada aos ingleses e sua história com a cerveja está no que ficou conhecido como ´Beer Flood, acorrido em 1814. O tanque de uma cervejaria, a The Horse Shoe, se rompeu despejando quase 1,5 milhão de litros de cerveja, formando ondas de mais de quatro metros de altura e que mataram pelo menos oito pessoas.
8 – Consumo
A medalha de ouro no consumo de cerveja vai para a República Tcheca. Uma pesquisa sobre a cerveja no mundo, feita pelo Bath Hass Group, em 2016, indicou que entre os tchecos, um adulto consome 148 litros em média por ano.
9 – Invenção
A geladeira doméstica foi criada levando em conta a cerveja. Em 1857, uma fábrica da bebida contratou o australiano James Harrison para desenvolver um dispositivo de refrigeração para as cervejas produzidas. Ele criou um modelo capaz de manter a temperatura ideal para sua conservação e que não congelava as garrafas.
10 – Garrafa de Cerveja já foi usada como Tijolo
A Heineken em 1963, através de Albert Heineken criou uma garrafa de cerveja que também poderia ser usada como tijolo para construir habitação sustentável. A ideia surgiu quando Heineken fez uma viagem à ilha caribenha de Curaçao, Albert heineken então avistou muitas garrafas descartadas na praia, por causa da falta de dinheiro para que os engradados fossem devolvidos às plantas de engarrafamento. A outra preocupação do holandês era com a escassez de materiais de construção em preços acessíveis à classe baixa.
O empresário considerou esses dois pontos e então contratou o arquiteto holandês John Habraken para auxiliar a criar uma espécie de garrafa tijolo. Foram necessários três anos até que o modelo, chamado de Wobo, ficasse pronto. O projeto considerou tudo o que era possível para baratear a construção, por isso os engradados tinham o formato adequado para se encaixarem uns aos outros, reduzindo assim o uso de argamassa.
As garrafas eram realmente capazes de exercer a função dos tijolos. Com mil Wobos era possível construir um abrigo de 33 metros quadrados. Em 1963, quando as garrafas surgiram, a fábrica holandesa produziu cem mil delas, em dois tamanhos: 350 e 500 mm, para tornar o uso mais eficiente.
A ideia foi bastante inovadora, no entanto não teve continuidade. Infelizmente hoje elas são consideradas relíquias, encontradas apenas nas mãos de colecionadores ou no museu da marca em Amsterdã. No entanto, existem duas construções feitas com o material, que comprovam a veracidade da informação e a utilidade das garrafas, ambas estão localizadas em propriedades da Heineken na Holanda.
11 – Reciclagem no Brasil
Nosso país não é dos piores da lista quando se fala em aproveitamento na indústria cervejeira. Dados de cinco anos atrás mostram que estamos perto de atingir a Meta Zero de lixo em processos produtivos de cerveja. As maiores cervejarias já registram índices que mostram pelo menos 90% na reciclagem de resíduos gerados na produção. E isso vai desde o bagaço do malte até tampinhas e garrafas.
12 – Terceiro produtor mundial de cerveja
Segundo o Anuário da Cerveja de 2020, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cervejas. Mas é apenas o 24º em consumo per capita, com um total de 14 bilhões de litros por ano. Ainda assim, 99% dos lares são atendidos pela indústria cervejeira, que vê cada 1 real investido no setor se transformar em R$ 2,50.
13 – Consumo cresceu na pandemia
Com as restrições de funcionamento de bares e o medo de contágio do coronavírus, o consumo de cerveja “migrou” para dentro de casa e o volume total de vendas atingiu um nível que não era visto há anos.
O volume de vendas no Brasil em 2020 foi o maior desde 2014, quando houve Copa do Mundo no País. No ano passado, 13,3 bilhões de litros da bebida foram vendidos por aqui, de acordo com levantamento da Euromonitor divulgado pelo G1.
Ainda segundo estes dados, a comercialização de cerveja cresceu 5,3% em 2020. Quando o assunto é o faturamento, o salto foi ainda maior, de 9,9, já que a penetração das chamadas cervejas premium, mais caras, foi maior.
14 – Ciência
A zitologia é a ciência que estuda cerveja. Parece balela, mas o estudo envolve desde métodos de produção, estocagem, ingredientes, harmonização, análise sensorial e outras cositas. A zitologia abrange áreas como física, química, biologia e também contempla qualquer estudo relacionado à bebida.
15 – Quantas calorias tem um copo de cerveja?
As calorias de uma cerveja dependem de quanto de álcool é colocado, do tipo da cerveja e, claro, quantidade de carboidratos. Abaixo estão os cálculos para uma porção de 355 ml de cerveja convencional, com teor de álcool de aproximadamente 4%, Calorias: 153. Álcool: 14 gramas, Carboidratos: 13 gramas.
É importante observar que as cervejas com maior teor de álcool também contém mais calorias.
16 – Cerveja e saúde
Beber uma pequena dose de cerveja pode ser bom para o intestino. É que algumas cervejas fortes, como as produzidas na Bélgica, são ricas em probióticos, microrganismos que ajudam a aumentar o número de bactérias “boas” no intestino. Durante a fabricação da cerveja, a produção de probióticos fica a cargo das leveduras, fungos responsáveis por fermentar a bebida. Eles são capazes de produzir ácidos que destroem bactérias causadoras de doenças – e estimulam a produção de microrganismos benéficos.
No entanto, o alerta fica para o quanto se ingere. Concentração de álcool no organismo não faz bem. Estudiosos falam em dois copos para homens e um para mulher num dia.
17 – Quem não pode tomar cerveja?
Pessoas que ingerem qualquer medicamento que tenha interação com o álcool; Indivíduos que vivem com uma condição médica que pode ser agravada pelo álcool; Grávidas, mulheres que amamentam ou que estejam tentando engravidar; Indivíduos celíacos ou intolerantes ao glúten; Ao indivíduo que tenha alguma disfunção hepática ou possua alguma alteração em colesterol ou glicemia a cerveja não é recomendada.
18 – Existe alguma regra para o consumo consciente?
O álcool entra na corrente sanguínea através do estômago e do intestino delgado. Se seu estômago estiver vazio quando começar a beber, o álcool entrará em sua corrente sanguínea mais rapidamente. Portanto, o ideal é comer antes do primeiro gole. E mais:
Beber muita água. Antes, durante e depois de beber. Não misturar álcool com bebidas açucaradas ou energéticas. Evite lanches salgados, eles farão você ficar com sede e provavelmente beberá mais.
Outra condição que auxilia a manter a saúde é beber de forma recreativa e responsável, mantendo a moderação.
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