No dia 08 de setembro, é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1967.
Essa celebração foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à alfabetização fossem discutidos no mundo todo, promovendo o amplo debate sobre a importância da alfabetização, principalmente em países que ainda possuem índice de analfabetismo considerável.
Os esforços para erradicar o analfabetismo no mundo têm sido constantes. De acordo com dados divulgados pela Unesco em 2018, 617 milhões de crianças e adolescentes no mundo todo não estão alcançando habilidades consideradas mínimas no que diz respeito à leitura, escrita e matemática. Existem cerca de 750 milhões de jovens e adultos que não sabem ler nem escrever.
No Brasil, as taxas de analfabetismo têm diminuído nos últimos anos, mas ainda estão longe de serem ideais, conforme mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Educação (Pnad Educação), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na faixa entre 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo passou de 7,2% (2016) para 6,8% (2018). Já no que diz respeito às pessoas com 60 anos ou mais, a taxa caiu de 20,4% para 18,6%. Segundo o levantamento, o analfabetismo no Brasil está diretamente ligado à idade. Isso quer dizer que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.
1985, grupo de pessoas integrantes de povo nômade do deserto do Quênia sendo alfabetizados pelo método Paulo Freire de Alfabetização. (Foto: arquivo art/memória)
Apesar de estarem diretamente ligados, podendo parecer a mesma coisa, alfabetização e letramento possuem significados distintos.
É considerado alfabetizado o indivíduo que sabe ler e escrever. Já uma pessoa letrada refere-se àquela que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias.
É primordial que a leitura, a compreensão e a produção sejam trabalhadas de forma conjunta, ou seja, falando de forma simplista, deve-se alfabetizar letrando.
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