. Em 1997, foi estabelecido por decreto oficial do governo do Paraguai que em 9 de junho de cada ano se celebrasse o Dia Nacional da Harpa Paraguaia. A escolha da data é uma homenagem a Félix Pérez Cardozo, músico paraguaio e icônico cultor do instrumento, que faleceu no ano de 1952.
O músico ficou na história da harpa paraguaia pelas mudanças que introduziu na construção do instrumento e por ter composto temas que formam parte do repertório popular, como “Llegada”, “Tren Lechero”, “Ánela Rosa”, “El Sueño de Angelita”, “Mi Despedida” e “María Elsa”, entre outros.
Além disso, este instrumento teve brilhantes cultivadores antes de Félix Pérez, como José del Rosario Diarte, Conché Ramírez, Tani Bordón e Pedro Rojas. Tempos depois surgiram Luis Bordón, Papi Galán, César Cataldo e muitos mais.
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. Originária da África, segundo os historiadores da arte, e trazida para a América pelos colonizadores, encontrou no Paraguai um terreno tão bom que acabou gerando uma versão própria no objeto e na técnica, e se tornando um sinal indiscutível da identidade paraguaia.
Instrumento que encoraja a arte de artistas extraordinários, nos dá motivos sobrados para comemorar o dia hoje, enquanto desfrutamos dos seus sons mágicos.
. A “paraguaização” deste anoso instrumento foi lenta. Saiba quem a introduziu ao território paraguaio.
As Sagradas Escrituras falam que a harpa já era executada pelo rei David. Seus inícios datam de milhares de anos e, desde sua origem, suas formas foram variadas.
No passado, existiam dois tipos de harpa: a angular, originária do Egito, e a arqueada, da África. A maioria de seus executores eram mulheres.
Através da literatura, sabe-se que esses instrumentos tinham vinte e duas cordas e que, durante o ano 600, tentou-se aperfeiçoá-la. Após vários e longos processos na Europa, e muito especialmente na Irlanda, Alemanha e Itália, sua ressonância, encordoamento e mecanismo sofreram algumas mudanças.
Acredita-se que este instrumento chegou ao continente americano com a conquista espanhola. As crônicas recordam que, entre os que acompanhavam Sebastián Gaboto em sua viagem ao Rio da Prata, em 1526, chegou um tocador de harpa chamado Martín Niño.
As cordas adquiriram cidadanias na América, e no México, Peru, Venezuela, Chile e Argentina, a harpa é utilizada principalmente para acompanhamentos melódicos, e não como solista.
A maior orquestra de harpas do mundo: A Maior orquestra de harpas do mundo entrou para o Guinness dos recordes no dia 23 de outubro de 2013 durante o #SuenaParaguay. Esse concerto teve a participação de 420 harpistas de 9 a 74 anos de idade. Foi realizado no Ginásio Poliesportivo da Secretaria Nacional de Esportes em Assunção no Paraguai.
A maior orquestra de harpas do mundo:
A Maior orquestra de harpas do mundo entrou para o Guinness dos recordes no dia 23 de outubro de 2013 durante o #SuenaParaguay. Esse concerto teve a participação de 420 harpistas de 9 a 74 anos de idade. Foi realizado no Ginásio Poliesportivo da Secretaria Nacional de Esportes em Assunção no Paraguai.
. HARPA PARAGUAIA – Foi na terra guarani que a harpa impressionou o mestiço, mediante os ensinamentos recebidos nas missões jesuíticas e franciscanas. Simples em sua construção nas mãos dos indígenas, a harpa clássica começou a sofrer transformações. A harpa paraguaia nasceu da fusão das civilizações espanhola e indígena.
A evolução da harpa clássica não afetou a paraguaia, e um exemplo é a não adaptação dos pedais e cravelhas mecânicas, que, no caso da clássica, permitia a modulação em diversas tonalidades.
Embora tenha suas possibilidades abreviadas por não possuir a escala cromática originada por essas mudanças, a harpa paraguaia se beneficia pela sonoridade, claridade e consistência. Seus cultivadores, apesar de sua afinação diatônica, realizam seu aprendizado oralmente, de geração a geração, e utilizam as unhas em lugar da ponta dos dedos (como se executa na clássica).
EVOLUÇÃO – A harpa paraguaia teve uma rápida evolução. As que se recordam de inícios de 1900 eram construídas com madeiras comuns, de 28 ou 32 cordas. A princípio, eram de tripas de animais, mas logo foram substituídas pelas de nylon.
Em um dos lados da cabeceira estava o espaço para as cordas, que com o tempo foi coberto, fazendo as cordas ficarem no meio, assim como as cravelhas que se ajustam para afinar o instrumento.
Foi Félix Pérez Cardozo, considerado um dos maiores executores e compositores da harpa paraguaia, quem acrescentou mais quatro notas baixas ao instrumento (ou seja, cordas), além das 32 que tinha, para executar “Pájaro Campana”.
As 36 cordas ficaram famosas e eram as únicas utilizadas, até que o harpista e luthier Papi Galán introduziu 7 notas agudas mais, criando a de 43 cordas, que muitos já utilizam e é comercializada em maior quantidade no Japão, onde existem milhares de cultivadores da harpa paraguaia.
As diferenças
Várias são as diferenças entre a harpa clássica e a paraguaia, e cada uma tem uma característica especial. A harpa clássica conta com 47 cordas e sua coluna é de ferro. Pesa mais ou menos 30 quilogramas e é maior do que qualquer outro tipo de harpa. A harpa paraguaia é mais leve, pesa entre 5 e 8 quilos, tem 36 cordas e é totalmente de madeira.
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