A Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu acontece neste sábado, 7, com uma extensa pauta que inclui a defesa de liberdades democráticas, emprego, trabalho decente e fim da violência de gênero e do feminicídio. O movimento irá concentrar-se, a partir das 10h, na praça do Bosque Guarani, próximo ao Terminal de Transporte Urbano (TTU).A passeata seguirá pela Rua Tarobá, avenidas República Argentina e Brasil e Travessa Oscar Muxfeldt, terminando com ato público na Praça da Paz. A marcha é uma das ações alusivas ao Dia Internacional da Mulher, que neste ano contará com programação no município entre os dias 7 e 18 de março.Organizada pelo Coletivo 8 de Março – Foz do Iguaçu (8M), entidades e movimentos sociais, a marcha integra a agenda de manifestações que acontecem em todo o Brasil. Na edição realizada no ano passado, a mobilização das mulheres iguaçuenses e das Três Fronteiras reuniu cerca de 1.500 participantes. A Marcha das Mulheres ganhará as ruas com fortes críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “Ele representa o desemprego, cortes de direitos e serviços públicos que são fundamentais às mulheres, principalmente a mulheres negras e das periferias, que sofrem ainda mais com as políticas de Bolsonaro”, expõe Cátia Castro, uma das organizadoras do movimento. Para a pedagoga, o que o presidente declara e defende publicamente estimula a violência contra as mulheres e a manutenção da desigualdade de gênero. “Sua narrativa é machista, carregada de ataques. Isso alimenta a agressão contra as mulheres no dia a dia, basta ver os números da violência de gênero, que só crescem”, frisa Cátia Castro, do Coletivo 8M e da APP-Sindicato/Foz. Para a mobilização, foram preparados panfletos, camisetas e carro de som para convidar a comunidade, principalmente mulheres trabalhadoras, estudantes e moradoras das regiões populares.
Neste sábado, durante a concentração da Marcha das Mulheres, o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro estárá expondo pela primeira vez o a coleção “Vozes da Fronteira – Linguagens Artísticas das Mulheres da Região Trinacional – que reúne poemas, textos, ilustrações e fotografias publicadas em diversas edições da revista Escrita. A linha editorial da revista, produzida de forma colaborativa pela Associação Guatá, em todas suas 55 edições, deu ênfase ao protagonismo femininio, colocando destaque para a expressão literária e artística das mulheres da região. Nesta primeira iniciativa, dezenas de trabalhos foram selecionados, juntando sotaques e linguagens de mulheres bem distintas entre si, mas com o compromisso comum de romper o véu que sutilmente esconde a expressão literária sobre suas lutas e o seu cotidiano.O coletivo feminista entende que a invisibilidade imposta historicamente às mulheres também tem reflexo na valorização da produção intelectual delas, e defende que uma das frentes de luta pela emancipação feminina é construir canais onde a valorização autoral contribua para a transformação social.
Além da marcha no dia 7 de março, a programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher contará com uma panfletagem na manhã de domingo, 8, na Feira Livre da JK. No dia 14 de março, será realizado o Ato Memória e Justiça por Marielle Franco, data em que se completarão dois anos da execução da vereadora carioca, ícone da luta por direitos e contra a violência de gênero no Brasil.No dia 18 de março, haverá duas agendas: a Greve Nacional da Educação e uma audiência pública na Câmara de Vereadores para discutir o aumento do feminicídio em Foz do Iguaçu. Durante esta semana, a coordenação do movimento irá divulgar a programação completa de eventos, que incluem projeção de filmes, debates, exposição e outras atividades descentralizadas.
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