BALÉ BOLSHOI: aulas de dança pelo Instagram durante a pandemia (Chris Jackson/Getty Images)
. O Dia Mundial da Dança, comemorado hoje (29) e instituído pela Unesco em 1982, traz aos entusiastas e interessados aulas online e filmes para ver de graça em casa durante essa quarentena provocada pela pandemia do coronavírus.
No Brasil, a Escola do Teatro Bolshoi promove aulas de dança em sua conta no Instagram. Com programação até 1º de maio, a instituição terá lives com nomes como Gustavo Côrtes, Jomar Mesquita e Bruna Gaglianone. Hoje, a aula é de dança contemporânea, às 10h, com Jovani Furlan, solista do New York City Ballet. Amanhã (30) às 14h, Jhean Alex, diretor artístico do Raça Cia. De Dança, dá aula de dança clássica.
A Vila das Artes, no Ceará, transmite espetáculos, lançamentos de cursos online e entrevistas como coreógrafos. Hoje, às 10h, a instituição lança em seu canal no YouTube o espetáculo “8 Pontos”. Amanhã, também às 10h, apresenta o vídeo do espetáculo “Fortaleza em Monoblocos”.
Na plataforma Airbnb, no programa Experiências Online, anfitriões ao redor do mundo oferecem aulas ao vivo pagas (é preciso fazer agendamento prévio). Por R$ 53 por pessoa, é possível ter uma aula de tango argentino de uma hora com Luciana, de Buenos Aires. Já Eva, de Sevilla, oferece aula de flamenco, de uma hora, por R$ 63. .
Já na plataforma Red Bull TV, é possível encontrar séries e documentários sobre danças urbanas, disponíveis para streaming gratuito. Em “Shake the Dust”, o documentário do diretor e jornalista Adam Sjöberg e do rapper Nasir “Nas” Jones mostra a realidade de dançarinos de breaking que vivem em áreas de conflito, como Iêmen, Uganda, Colômbia e Camboja. Outro exemplo é “Breaking the Beat: In the Bronx”, onde E-Man e Alien Ness se encontram para contar a história do breaking e dos break dancers, estilo surgido no bairro de Nova York nos anos 1970.
O Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança comemorado no dia 29 de abril, foi instituído pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.[1]
Ao criar o Dia Internacional da Dança a UNESCO escolheu o 29 de abril por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810). Ele ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Sua proposta era atribuir expressividade a dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre se destaca na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Letters sur la Danse”.
Por coincidência, entre os brasileiros a data também pode estar associada ao aniversário de uma personalidade de indiscutível importância: Marika Gidali, a bailarina que, com Décio Otero, fundou o Ballet Stagium em 1971 em São Paulo, para inaugurar no Brasil uma nova maneira de se fazer e apreciar dança.
O Dia Internacional da Dança é importante como mais um espaço de mobilização em torno deste assunto. Alguns dos objetivos desta comemoração é aumentar a atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse em seu discurso em 2003 que “em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública”. (Wikipédia)
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