O cinema político do diretor brasileiro Leon Hirszman está em cartaz no Cinema em Casa do SESC.
Com sua filmografia voltada para as discussões mais relevantes do Brasil e sua população, com intensa participação política como cineasta, Leon Hirszman foi um expoente do Cinema Novo – o longa-metragem “Cinco Vezes Favela” (1961), dirigido por ele, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Miguel Borges e Marcos Farias, é considerado, por muitos teóricos, como uma das primeiras produções desse movimento cinematográfico brasileiro que nas décadas de 1960 e 1970 era uma resposta à instabilidade racial e classista no Brasil.
O diretor também se dedicou pela regulamentação das leis do cinema e pelo fim da censura. Esteve ligado a grupos teatrais importantes da época como o Teatro de Arena e seus principais criadores Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Vianna Filho. Era estudioso de Bertolt Brecht, Jung e Reich e tentava compreender as desigualdades da população da sua geração com filmes que versavam sobre a diversidade cultural, aspectos da vida social e política do país.
“São Bernardo” e “Eles não usam black tie”. Dois dos títulos que compõem a mostra de cinema on-line do SESC sobre Hirszman.
Dentro da programação da Retrospectiva, que segue até fevereiro de 2021, nesta terça, 15 de dezembro, às 20h, o CineSesc realiza um bate-papo memorável no Cinema da Vela online. Na mesa para debater, o teórico e pesquisador Ismail Xavier, a crítica de arte Maria Hirszman, com mediação do crítico de cinema Sérgio Alpendre.
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