Fotografia de Patricia Liliana Iunovich
Acordo antes do Sol, espero a alvorada secando o horizonte. Nem os broto floriram, nem as abelhas labutam, nem o vento sul assobia. Vejo tudo só, quieto, escuro.
Já não é mais noite, tão pouco é dia. As estrelas se escondem, se retiram, somem uma a uma. E o astro rei é apenas um facho, uma mácula no manto de escuridão.
Quando o sol se espreguiça, As gotículas de orvalho que cobrem a relva se transformam em brilhantes, que cintilam num tapete verde. Vejo estrelas no prado.
Quer ser o calor que emana do teu olhar, acariciar seu rosto, pele de veludo. Seguir as curvas linhas que desenham tua feição, ser teu vulto, tua sombra. Agora que já és o brilho que clareia minha visão.
Pálida, a lua se vai, mas os sonhos permanecem. planos paralelos que se cruzam antes do infinito. Noites sem fim sob um céu estrelado, enrubrecerão a alva castidade lunar.
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