Se as crianças não podem ir ao circo, os palhaços voluntários do Especialistas da Alegria levam o circo até elas. O grupo disponibilizou no YouTube o espetáculo “Palhestra: a Catavento contou, o circo chegou!”, em que a palhaça Catavento, e seu inseparável companheiro Alazão, conta, de maneira lúdica e envolvente, a origem do circo, suas principais atrações e algumas curiosidades.
Desde 2012, o grupo visita pacientes hospitalizados. Entravam nos hospitais e tinham contato próximo com pacientes, familiares, acompanhantes e colaboradores. Todas as ações eram presenciais, mas a pandemia exigiu uma adaptação. Desde março de 2020, as atividades voluntárias nos hospitais foram suspensas e passaram a ser remotas.
De acordo com um dos fundadores do grupo, Jefferson Bertoldi (“Dr. eNe”), o picadeiro agora é virtual. “Gravamos vídeos, fazemos formações com os voluntários e nos adaptamos para as visitas e espetáculos on-line, com o intuito de manter o contato com a comunidade hospitalar”, diz.
Para a protagonista do espetáculo, Patrícia Pluschakt (“Catavento”), a maior desvantagem do online é não ter o calor e a energia do público e as reações das crianças de forma imediata. Mas o circo virtual também traz seus pontos positivos. “O online permite que a gente leve a arte para lugares que, talvez pessoalmente, não poderíamos ir”, afirma a atriz. Além disso, ela acredita que a criança possa assistir ao espetáculo no tempo dela, quantas vezes quiser e de maneira gratuita.
O espetáculo é uma contrapartida do projeto “Especialistas da Alegria”, subsidiado pela Lei de Incentivo à Cultura a partir de 2019. No lançamento, houve a participação simultânea de aproximadamente 3 mil pessoas – dentre crianças, adolescentes e profissionais de educação do Paraná. Os palhaços ainda pretendem levar a alegria do circo para muitas crianças mais, em diferentes contextos.
A tradução em Libras, presente no espetáculo, é um dos pontos positivos, de acordo com Cilmara Ceccatto Sachet, da coordenação de Bibliotecas Escolares da Secretaria de Educação de Cascavel. “Contar com um intérprete de Libras foi surpreendente, pois permitiu a uma parcela de crianças e adultos o direito de acesso à cultura”, afirma.
Por assessoria
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