´Em pleno século 21 ainda conviver com casos de racismo é muito lamentável. Como negro, não poderia deixar de fazer a minha raça se sentir representada e mostrar pra eles que nós podemos. Basta a gente trabalhar, não ligar pra críticas, absorver apenas as críticas construtivas e ter fé,
(Fotos: Wander Roberto/COB/Wander Roberto/COB)
Quando venceu a luta que o levou às semifinais, Hebert cantou ao vivo diante da câmera da TV “Madiba” a música do Olodum que usa como inspiração. Trata-se de uma homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela. A cena emocionou os artistas da banda, que lembraram uma coincidência. Em agosto de 1991, há 29 anos, Mandela visitava Salvador e fazia um discurso histórico contra o racismo na praça Castro Alves.
O Olodum e outros artistas da capital mais negra do país têm uma ligação histórica com Mandela. Nos anos 80, já usavam o Carnaval para cantar pela libertação do político e o fim do apartheid na África do Sul. Hebert, que nasceu em 1998, quando Mandela já era presidente, é herdeiro desse movimento, como muitos jovens que seguem cantando “Madiba” na periferia de Salvador.
Segundo o blogueiro do UOL André Santana, a música não costuma tocar nas rádios da cidade. Esse é um dos motivos para que Acelino “Popó” Freitas, que comenta as lutas na “Globo”, tenha dito que não a conhecia quando ela tocou ao vivo. Mas vídeos de ensaios e apresentações, muitas vezes gravados pelo celular, circulam pelo Whatsapp e redes sociais, mantendo viva a música entre os jovens “olodúnicos”, como Hebert. (De Uol)
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