Estudo da Fiocruz com quase 76 milhões de pessoas vacinadas no Brasil indica que a efetividade da CoronaVac é de 75% e da AstraZeneca de 90% de proteção contra o novo coronavírus, sendo ambas efetivas para evitar infecções, hospitalizações e mortes.
A pesquisa revelou ainda que essa proteção cai, no caso da CoronaVac, para 67% em pessoas acima de 80 anos e para 33% em pessoas acima de 90 anos. Enquanto a AstraZeneca mantém a proteção praticamente estável para pessoas acima de 80 anos, com 89% de eficácia, mas cai para 65% de eficácia em pessoas acima de 90 anos.
Os dados da pesquisa que avalia a influência da idade na proteção das vacinas foram divulgados na dia 27 de agosto. O estudo acompanhou mais de 75,9 milhões de pessoas vacinadas no Brasil, entre 18 de janeiro e 24 de julho, sendo o maior estudo com os dois imunizantes já feito no mundo.
O coordenador da pesquisa, Manoel Barral-Netto, da Fiocruz Bahia, destacou que eles já esperavam uma efetividade menor para as pessoas mais idosas, como costuma ocorrer com as vacinas de outras doenças.
“As duas vacinas tem uma eficiência adequada – todas as duas protegem. Quando nós vamos para as faixas etárias mais elevadas, nós vimos que até 79 anos a perda de proteção praticamente não existe. No caso da CoronaVac, começa a haver uma falha entre 80 e 89 anos. Tem uma queda da proteção – cai pelo menos uns 10 a 15 pontos percentuais – e na faixa de mais de 90, cai para 32%. O que já é um número baixo”.
Após analisar todos esses dados, a Fiocruz recomendou que seja aplicada uma dose de reforço para os idosos acima de 80 anos no caso da CoronaVac e para os idosos acima de 90 anos que tomaram a AstraZeneca. No Brasil, já foi anunciada a dose de reforço para todos os idosos acima de 70 anos a partir do dia 15 de setembro e que estejam há pelo menos seis meses imunizados e para imunossuprimidos, que tomaram a segunda dose ou dDefinir imagem destacadaose única há pelo menos 28 dias, independente da vacina que usaram.
A Fiocruz informou ainda que, em breve, devem ficar prontos novos estudos sobre a eficácia da Pfizer e da Janssen, assim como a influência da idade para a efetividade desses imunizantes.
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