Maquete da fachada dos prédios a serem construídos em cada campus da Unioeste. O projeto foi desenvolvido pela empresa júnior do curso Engenharia Civil do campus de Cascavel (Foto: divulgação(
Uma luta de quase três décadas travada pela comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) começa a se concretizar: a construção da Casa do Estudante Universitário nos cinco campi da Instituição: Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
Esta conquista foi confirmada pelo reitor da Unioeste, professor Alexandre Webber, ainda no fim de setembro, em Brasília. “Este pleito já existe há muito anos, mas agora, vamos ter um problema ainda mais grave do que já tínhamos, pela crise econômica que estamos vivendo, e com isso aumentar a necessidade de avançarmos mais rápido na assistência estudantil. A Universidade já deu um grande passo anos atrás com os Restaurantes Universitários e o segundo passo, agora, é a Casa do Estudante”, explicou.
Parlamentares paranaenses, de vários partidos, se comprometeram com a causa regional (Foto: divulgação)
Webber comentou também que o pedido para liberação de emendas para construção dos espaços, foi feito para deputados da região, de acordo com as cidades que sediam os campi da Unioeste. “Temos bem encaminhado a garantia dos recursos para o campus de Cascavel com o deputado Frangão e Marechal Cândido Rondon com o deputado Evandro Roman. Em Toledo, fizemos o pedido a deputada Gleisi Hoffmann e ao deputado Zeca Dirceu. Além disso, fizemos o pedido para o deputado Giacobo, para a cidade de Foz do Iguaçu, e para deputada Leandre Dal Ponte, pedimos o recurso para Francisco Beltrão”, confirmou.
De acordo com o reitor a probabilidade é que as obras comecem no próximo ano e conforme a liberação de recursos forem acontecendo os projetos serão executados. “Eu, como reitor, não poderia esquecer minha história com representante acadêmico e presidente do Diretório Central de Estudante no campus de Cascavel que tinha na minha proposta o Restaurante Universitário e a Casa do Estudante. Quando eu fui diretor do Campus de Cascavel, tive o privilégio de encarar o desafio de fazer o Restaurante Universitário e, agora, como reitor eu não poderia esquecer tudo aquilo que nós brigamos. Sem dúvida nenhuma isso tem uma realização pessoal como gestor da Universidade. Essa luta está chegando ao fim, mas existem ainda muitas outras novas, para construirmos uma política de assistência estudantil do porte que a nossa Universidade merece. É inadmissível perder um estudante por não ter condições financeiras de se manter na Universidade. É a coisa mais chocante e mais triste de admitir como gestor”, conclui.
Nesta primeira etapa de construção da Casa do Estudante deverão ser liberadas emendas no valor de R$ 1 milhão para cada unidade totalizando R$ 5 milhões de investimento.
Outra conquista que Unioeste obteve nesse projeto de assistência estudantil é a implementação, em novembro, de cinquenta bolsas aprovadas no Conselho de Assistência Estudantil. “Cada vez vamos buscar mais maneiras de auxiliar o aluno, para que nenhum deles deixe a Instituição”, garantiu o reitor.
Também participaram da agenda com os deputados o diretor do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Rafael Muniz de Oliveira, do chefe de gabinete Itamar Borges, o diretor de Comunicação Victor Hugo Junior e o vereador de Cascavel Edson Souza.
LUTA ANTIGA
O presidente do Conselho de Assistência Estudantil, acadêmico do curso de Letras Português/Italiano, João Matheus Moraes, salienta que todos sabem das dificuldades de se ingressar em uma universidade pública, gratuita e qualidade como a Unioeste. Mas o que nem todos sabem são das dificuldades encontradas para se manter em curso superior. “Por esse motivo, a casa do estudante é uma reivindicação antiga dos nossos estudantes e hoje, após muita luta, foi realizada sua aprovação. Isso é um passo extremamente importante para as políticas de assistência estudantil, pois possui o objetivo de garantir a permanência dos estudantes mais carentes e aos que vêm de outras cidades da região. Porém, entendemos que, apesar de ser um passo importante, nossa luta não acaba com a aprovação. Precisamos junto com a reitoria e o Estado do Paraná buscar recursos para que as obras se iniciem e o projeto saia do papel, concretizando um sonho da comunidade acadêmica e permitindo que os estudantes ingressem e concluam seu curso sem precisar sacrificar o orçamento de suas famílias.”, afirmou.
João ainda lembrou que segundo os dados fornecidos pela Unioeste, “temos 10.863 alunos de graduação distribuídos nos 5 campi, muitos desses alunos não são residentes das cidades onde se encontra a universidade e por isso precisam alugar uma residência ou morar de favor com parentes para poder estudar, gerando um aumento muito grande nas despesas familiares, o que acaba por desestimular o estudante a concluir o curso”.
PROJETO
O projeto foi desenvolvido pela empresa júnior do curso Engenharia Civil do campus de Cascavel – Up Engenharia , e prevê uma construção de 604,43 metros quadrados. Cada unidade contará com área comum com refeitório, cozinha e lavanderia e ainda 12 quartos e 6 banheiros a serem compartilhados. O projeto inicial prevê o atendimento de até 30 alunos por cidade, mas foi planejado para ser modular, sendo assim, com o aumento da demanda poderá ser ampliado.
Os prédios também estão sendo projetados para serem construídos para frente da rua para que cada um possa ter uma sala comercial que deverá ser alugada pela Instituição afim de cobrir a manutenção da Casa do Estudante.
Assessoria de Comunicação Social
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