24 de novembro de 2024
Anuncie aqui
Sobre
Fale conosco
De Letra
Poesia
Literatura
Tirando de Letra
Livro
Contos e Crônicas
On-Line
Cultura Digital
Cinema
Vitrine
Oportunidade
Rádio
Cultura em Movimento
Música
Artes cênicas
Fotografia
Memória
Guatá
Bem Viver
Vida saudável
Ecologia
Ciência
Universidade
Geral
Fronteiras
Trinacional
Mulher
Movimentos Sociais
Antirracismo
Povos
Assista
PESQUISAR
Cecília, presente!
Cecília, presente!
18 de novembro de 2021
Compartilhar
Maria Cecília Araújo, a potiguar que nos anos 90 aportou em Foz para construir amizades com sua simpatia, luta e determinação. Depois de quase duas décadas na cidade ajudando a construir caminhos populares, voltou para o seu querido Nordeste. Ontem, dia 17, deixou um vazio também em sua terra natal.
.
“…e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados…”
.
Lembramos nossa camarada de sonhos e lutas com o poema “Companheiros”, do escritor moçambicano Mia Couto. O título do poema é a síntese da poesia que havia em Cecília e que ficará em nossas memórias: solidariedade.
.
“Companheiros” vem do latim “cum panis”, isto é “com o pão”; “companheiros” seriam, a rigor, aqueles que compartilham o pão.
.
Ativista política, amiga dos amigos, solidária com o direito à vida de todos os seres que conhecia. Assim era Cecília Araújo. Aplaudiu as artes, defendeu a cultura e incentivou artistas. Criou clube de mães, acudiu enfermos, organizou, lutou e festejou anonimamente cada conquista política e social, ainda que milimétrica, de nosso povo. Enfim, dividiu de forma camarada o sonho e o pão.
.
A nós, agora cabe manter a admiração e as lições da convivência que Cecília ofertou em sua etapa de vida em Foz do Iguaçu.
.
Por isso, Cecília, presente!
.
{Na foto, Cecília (de óculos) e a filha Camila (Foto: acervo da família)}
.
.
.
.
COMPANHEIROS, poema de Mia Couto.
quero
escrever-me de homens
quero
calçar-me de terra
quero ser
a estrada marinha
que prossegue depois do último caminho
e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados
deixo
a paciência dos rios
a idade dos livros
mas não lego
mapa nem bússola
porque andei sempre
sobre meus pés
e doeu-me
às vezes
viver
hei-de inventar
um verso que vos faça justiça
por ora
basta-me o arco-íris
em que vos sonho
basta-te saber que morreis demasiado
por viverdes de menos
mas que permaneceis sem preço
companheiros
(Mia Couto)
https://guatafoz.com.br/companheiros-poema-de-mia-couto/
Compartilhar
Memória
Mulher
ANTERIOR
Companheiros, poema de Mia Couto
PRÓXIMO
Consciência Negra: evento online vai debater letramento racial para profissionais da psicologia
Leia mais
Memória
Paranaguá sedia “Seminário Coluna Prestes – 100 anos”
14 de novembro de 2024
Fronteira
Mulher
Sinergia das Meninas do Lago fecha o Outubro Rosa
2 de novembro de 2024
Geral
Memória
Coluna Prestes, maior marcha militar do mundo, completa 100 anos neste outubro
28 de outubro de 2024
Últimos posts
Fronteira
Mais de meio milhão de pessoas devem ser beneficiadas com novo edital da Itaipu
23 de novembro de 2024
Fronteira
Identidade
Foz tem primeiro quilombo reconhecido em sua história
22 de novembro de 2024
Oportunidade
Marco 3 Fronteiras está com oportunidades de emprego e estágio
22 de novembro de 2024
Agenda
Nova atração de Foz, Mercado Público abre na próxima terça (26)
22 de novembro de 2024
Cinema
3 Margens Festival de Cinema: conheça os vencedores das mostras competitivas
22 de novembro de 2024
Dança
Geral
Dias 29 e 30, Foz recebe o Festival Cultural Sesc de Etnias
22 de novembro de 2024
Assine o nosso boletim!
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.
INSCREVA-SE AGORA!