“Ultimamente têm passado muitos anos”, já dizia Rubem Braga, um ilustre morador de Ipanema, onde o Festival Levada nasceu há 10 anos, no teatro do Oi Futuro! Já que o tempo voou, a comemoração da efeméride será bem especial: com shows de grandes artistas e promessas da música brasileira independente. Entre os dias 8 e 11 de dezembro, o festival irá realizar sua primeira etapa, híbrida.
“O Levada completa uma década e se mantém fiel à sua ideia inicial de mostrar o quanto a música brasileira continua pujante e diversa. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, a classe artística teve uma produção rica e, de certa forma, foi responsável por amenizar o sofrimento da sociedade, que se viu obrigada a enfrentar o isolamento social. Para a primeira etapa dessa edição comemorativa, no Rival, teremos quatro apresentações que comprovam o que eu estou dizendo”, explica o curador Jorge Lz.Julio Zucca, sócio da Zucca Produções, é o responsável pela realização do projeto, que se tornou um dos mais importante festival de música do país, por alçar aos palcos cariocas talentos do Brasil inteiro, antes deles aparecerem de forma mais constante em outros festivais e para a mídia. “Esse, aliás, é um dos pilares do Levada – que desde 2018, se antecipou ao mundo, ao transmitir ao vivo na Internet as suas apresentações. Em 2021, com todos já acostumados às lives que aliviaram o isolamento no auge da pandemia, os dez anos do Levada serão comemorados com doze shows presenciais e uma exposição, tudo com transmissão digital pelo canal do festival no YouTube (www.youtube.com/levadafestival), começando pelos quatro artistas já divulgados para o palco do Teatro Rival Refit”, reforça Julio Zucca.
O show de abertura do Festival Levada 10 anos ficou a cargo da banda goiana Carne Doce.
Juliana Linhares, no dia 9.
Dia 9, a cantora, compositora e atriz Juliana Linhares, potiguar radicada no Rio de Janeiro, também vocalista da banda Pietá (atração do Levada em 2019) e do trio feminino Iara Ira, está de volta ao Festival Levada para cantar as músicas do seu “Nordeste Ficção”, primeiro disco solo, imaginado como um roteiro de teatro, um romance de autoficção e uma espécie de docudrama cinematográfico.
Foli Griô – Conhecida por misturar afrobeat às manifestações populares brasileiras, se apresenta no dia 10. A Foli Griô Orquestra é uma banda de dez integrantes que faz um som magnético, sobretudo ao vivo. Eles se apresentam no dia 10 de dezembro, com as músicas dançantes e quase espiritualizadas do álbum “AJO” (2019), o primeirão, já indicado como Melhor Álbum de Música de Raiz em Língua Portuguesa ao Grammy Latino daquele ano.
Foli Griô mistura afrobeat às manifestações populares brasileiras (Fotos: divulgação)
No derradeiro show do Festival Levada 10 anos, teremos a incensada banda de rock alternativo Maglore. Será no dia 11 de dezembro, com um roteiro que privilegia os maiores sucessos de seus quatro álbuns de estúdio – “Veroz” (2011), “Vamos pra rua” (2013) e também o consagrado “III” (2015) e “Todas as bandeiras” (2017). No set list da noite, já estão “Mantra” (indicada à categoria Nova Canção do Prêmio Multishow de 2015), “Café com pão”, “Aquela força” e “Motor” – esta ganhou versões nas vozes de Gal Costa e Pitty.
TRANSMISSÃO ONLINE – www.youtube.com/levadafestival
https://www.instagram.com/festivallevada/
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