Durante o ato da feirinha, será recolhido um abaixo-assinado (Foto: divulgação)
. Desenvolvendo um trabalho imprescindível para a causa animal em Foz do Iguaçu, as protetoras independentes dizem que estão exaustas pelo volume de trabalho e vendo aumentar as dívidas com agropecuárias e clínicas veterinárias. Isso por conta de gastos com rações, medicamentos, cirurgias, consultas e exames para cães e gatos.
Para cobrar mais apoio e ações efetivas do município, as protetoras e simpatizantes da causa vão realizar manifestação neste domingo, 12, a partir das 9h, na Feira Livre da JK. Elas usarão apitos e faixas expressando as reivindicações, coletarão adesões em um abaixo-assinado e conversarão com os visitantes da ferinha sobre a pauta.
Protetora em Foz do Iguaçu há cinco anos e uma das organizadoras do protesto, Lory Andrade Alliana faz um chamado público para o ato. “Tendo em vista que o que é feito pelos animais em nossa cidade é feito com ajuda da população, que contribui para pagamentos de clínicas e compra de ração, precisamos que o poder público assuma sua parte efetivamente”, explica.
De acordo com Lory, um levantamento do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA) aponta que são duas organizações não governamentais e 94 protetores independentes em Foz do Iguaçu – para o poder público, são 140, o que não é reconhecido pelo conselho. O número de animais sob a guarda dessas voluntárias oscila, estando estimado em dois mil cães e gatos.
A decisão pela manifestação é muito por conta das cobranças das protetoras independentes à atuação da Diretoria de Bem-Estar Animal (Diba), órgão criado neste ano pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD), vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Elas cobram maior efetividade da gestão municipal.
“A Diba foi criada em fevereiro deste ano e conta com uma diretora e cinco assessoras. Somente em salários, soma mais de R$ 30 mil mensais, além de combustível, veículo e telefone”, contextualiza a protetora Lory Andrade Alliana. Além disso, prossegue, a Guarda Municipal cedeu um servidor para a diretoria.
“Porém, até o momento, não foi feito nada que justifique tantos gastos, sendo que ano passado tínhamos rações e castrações – com verbas impositivas –, e não tínhamos esta diretoria”, critica. “Nosso sonho era que existisse sim uma diretoria exclusiva para a causa animal, mas que a principal função fosse a verificação de maus-tratos”, expõe.
Conforme Lory, graças a verbas parlamentares oriundas de emendas impositivas, a prefeitura entregou rações para os protetores iguaçuenses. “O que verificamos com a maioria das protetoras é que a ração não é de boa qualidade, pois muitos animais tiveram diarreia. Quem abriga gatos só recebeu a primeira entrega das rações, pois não havia mais”, elenca.
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