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“Marcas”, fotografia de Áurea Cunha
Pense em mim como mais uma de tuas férias, pense-me como uma ausência ou uma distância, não como uma pata quebrada, uma mão atravessada à bala. Procure uma grande água para me atravessar. Mas olhe pros dois lados antes de atravessar. Procure o sentido poético de cada banalidade para seguir em frente, pulando pedras, ignorando peixes mortos, sabendo que adiante se estende a planície. E, depois de atravessá-la a galopes firmes, acabará por me ver, como mais uma de tuas férias.
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