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O cineasta soviético Sergei Eisenstein (1898–1948). – Foto: reprodução
. A Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), abre inscrições para a oficina Montagem Cinematográfica, do projeto de capacitação profissional Revelando o Rio Grande. Os encontros ocorrerão virtualmente pela plataforma Zoom, de 4 a 29 de julho, das 9h às 12h, de segunda a sexta-feira. A atividade será ministrada pelo montador e jornalista Alfredo Barros.
Interessados podem se matricular gratuitamente pelo link na bio do Instagram @ieciners.
A oficina visa qualificar profissionais para o corte cinematográfico e, também, para as responsabilidades de montador, suas relações com a equipe e os processos da realização audiovisual.
“Alfredo Barros é um dos mais experientes montadores do RS, com vasta trajetória profissional, premiações e muitas obras no currículo. Professor em diversos cursos superiores de Cinema, Alfredo apresenta uma oficina com forte apelo tecnológico, com atividades práticas que proporcionam uma verdadeira imersão na montagem audiovisual”, destaca Zeca Brito, diretor do Iecine. .
Unidade 1 – História da Montagem
1.1. Os primórdios do cinema e as primeiras experiências com o corte, as contribuições de Edwin Porter, Griffith e Méliès para o surgimento do cinema narrativo
1.2. As vanguardas do cinema dos anos 20, teorias e experimentações estéticas na montagem: Griffith, Eisenstein, Vertov, Kuleshov
1.3. A influencia das artes populares – Vaudeville, o musical, o teatro e o rádio
1.4. A tecnologia do corte desde a tesoura e cola até os softwares de edição, a transformação da mecânica da montagem e seu impacto no ofício do montador
1.5. O que faz o montador de um filme?
Unidade 2 – A Montagem e o Montador/Editor
2.1. Os conceitos de montagem – mecânica, técnica e arte
2.2. A problemática da montagem
2.3. A fragmentação em busca de uma unidade, a arte da associação de imagens
2.4. Quem edita o filme? Cutting vs. Editting
2.5. O editor roteirista
2.6. Os 4 problemas do material filmado
2.7. Ordenação, ênfase, ritmo e fluência
2.8. As técnicas de raccord
2.9. O eixo e a regra dos 180o
Unidade 3 – A Mecânica da Montagem
3.1. As etapas do processo
3.2. A equipe do filme e o montador
3.3. A relação com o diretor/roteirista
3.4. As planilhas e o roteiro
3.5. O pós-roteiro do diretor
3.6. O pós-roteiro do continuísta
3.7. O gerenciamento de mídia – proxys
3.8. Organização do projeto de edição
3.9. Sincronização
3.10. Tagueamento ou Bins
3.11. Pré-seleção e marcas de localização
3.12. Versões de montagem e aprovação com diretor
3.13. Montagem à distância
3.14. Uso de trilha de referência ou pré-composições originais
3.15. Efeitos sonoros de referência
3.16. Exportação de movies de referência com Start, Bip de fim e TC aparente
3.17. Exportação de AAF e XMLs
3.18. Listas de efeitos para a pós-produção de imagem e som
3.19. Archive, backups e segurança de dados
3.20. Processos de pós em áudio e imagem
Unidade 4 – A Montagem e a Lógica das Imagens
4.1. A evolução do plano
4.2. O plano para a montagem
4.3. A dramaticidade do plano
4.4. O plano como espaço plástico
4.5. Unidade dramática da montagem
4.6. O espaço criado pela montagem
4.7. Objetividade e subjetividade
4.8. Os tipos de cortes
4.9. O tempo criado pela montagem
4.10. Dinâmica, ritmo e gênero cinematográfico
Unidade 5 – A Montagem e os Gêneros
5.1. A montagem e a cena de ação
5.2. A montagem e a comédia
5.3. A montagem e o drama
5.4. A montagem e o suspense
5.5. A montagem de diálogos
5.6. A montagem-roteiro no documentário
O Ministrante – Alfredo Barros é montador profissional desde 2003, além de graduado em Jornalismo pela Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação Social –Fabico/UFRGS (2003) e pós graduado em Marketing e Comunicação pela ESPM (2014). Ele trabalhou na Casa de Cinema de Porto Alegre de 1998 a 2005 como assistente de direção de Jorge Furtado, Carlos Gerbase e Ana Luiza Azevedo.
Além disso, trabalhou como assistente de montagem de Giba Assis Brasil. A partir de 2003 passou a atuar ainda como montador em curtas e longas-metragens, documentários, séries de teledramaturgia e filmes publicitários. Dentre os trabalhos mais recentes foi montador da série de TV Notas de Amor (Tempo Porto Alegre/RBSTV), Mulher de Fases (Casa de Cinema/HBO) e Doce de Mãe (Casa de Cinema/TV Globo – Emmy Internacional 2015).
Entre 2016 e 2019 montou os longas-metragens Yonlu (Container/Prana), Depois do Fim (Milimmetros), Pra Ficar na História (Epifania), Os Bravos Nunca se Calam (Verte Filmes) e O Método (Tempo Porto Alegre/Canal Curta), além das séries de TV De Carona com os Ovnis (Nebulosa/History – Prêmio de Melhor série Documentário pela Rio2C, indicada na categoria Melhor Série Documentário do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2019) e Banalidade do Mal (Bonobo/Box).
O projeto Revelando o Rio Grande é uma realização da Sedac RS, por intermédio de convênio com o Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura do governo federal.
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