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. Quando me sorris, Visigoda e celta,
Fado de punhais, Inês e desventuras, Lá onde costuras, Multidão de ais.
Mel e amargura, Fatias de medo, Vinho muito azedo, Tudo com fartura.
Cravos da paixão, Com dores me serves, Com riso me pedes Vida e coração, Vida e coração.
Babel das línguas em pleno cio, Seduz a África, cede ao gentio, Substantivos, verbos, alfaias de ouro, Os seus olhares conquistam do mouro.
Mares-algarismos, Onde um seu piloto Rouba do ignoto Almas e abismos.
Verbo das correntes Com seu candeeiro Todo marinheiro Caça continentes.
E o gajeiro real, Ao cantar matinas, Acha três meninas Sob um laranjal.
Última das filhas, Ventre onde os mapas Bordam suas cartas Linhas Tordesilhas, Linhas Tordesilhas.
Em nossas terras continentais A cartomante abre o baralho, Abismada vê, entre o sim e o não, Nosso destino ou um samba-canção.
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