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Douglas Diegues, poeta e escritor brasileiro. (Foto: divulgação)
O que seria de ti, San Pablo, San Pavlov ou San Paulandia, sem nosotros, los nordestinos, para vos servir manhanas y noches, tardes y nuebas manhanas?
O que seria de ti San Pablo, San Pavlov, sem nosotros los nordestinos, los mais paraguaios, los kabroboles, los kabras de la peste?
O que seria de vostras noches salbajes sem nosotros, los nordestinos, los dandys kangaceiros, o que seria de tuos bares y restorans?
O que seria de ti San Pablo ou San Paulandia city, sem nostra feiura, sem nostra gracia, sem nostro savoir-faire, sem nostras yergas, sem nostro humor negro azul, sem nossa capacidade de limpar latrinas & servirles a full?
Que seria de tuas ruas mais prostis, de tuos arrogantes edificios, de tuo poder, de teu lixo, de tua fama?
Quem limparia vostras latrinas? Quem lavaria vostras casas y apês? Quem preparia tuo plato preferido? Quem prepararia los drinks mais hots del asfalto y de los litorales, xixi de virgen, licor de yégua, mel de viúva?
O que seria de tuos bairros, de tus supers, de tuas villas, de tus fabelas, de tuos jardins, de tuos trianons, de tuos museos, sem la ayuda de los otarios?
O que seria de ti, San Pablo, San Palov, ou San Paulandia, como kieran, sem la mano de obra barata, original, paraguaia, boliviana, nordestina?
Non sei lo que seria de ti, San Pablo ou San Paulandia, pero como el velhaco Marcial, el poeta que mais kurto de la Roma que non existe mais, yo saco kual es la tua…
Ouça o poema “San Pablo San Pavlov ou San Paulandia”, musicado por Tom Zé, aqui.
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