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. A 17ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, que começou no dia 22 e segue até segunda-feira (27), tem programação presencial e online com acesso aberto e gratuito para o mundo. A programação está estruturada em três eixos temáticos – preservação, história e educação e quem não puder estar em Ouro Preto para viver a temporada audiovisual recheada de atrações, vai poder assistir e participar de forma online da programação que estará disponível pela plataforma cineop.com.br
São filmes, debates, case de restauro e masterclass internacional com sinal aberto para o mundo, de qualquer dispositivo e de forma gratuita. Confira abaixo atividades que estarão online:
A Mostra de Cinema de Ouro Preto faz uma homenagem a produtores indígenas e seu filmes.
. Case de restauro
Tema: “A Guerra Civil na Rússia pela câmera de Dziga Viértov e o restauro do filme 100 anos depois”
Apresentação histórica feita por Luis Labaki sobre a obra de Viértov, com o objetivo de mostrar ao público o conjunto macro da produção a qual pertence o filme responsável pelo caso de restauro deste ano. Exposição do restaurador e historiador, Nikolai Izvolov, destacando as condições de pesquisa e escolhas técnicas que levaram ao resultado final, cem anos depois da realização do filme.
Convidado Internacional: Nikolai Izvolov (Rússia) – Restaurador do filme “A história da guerra civil”
Mediador: Luiz Labaki – SP – cineasta e pesquisador especialista na obra de Vertov, tradutor e organizador do livro “Cine-Olho: manifestos, projetos e outros escritos”, coletânea de textos de Dziga Viértov
. Masterclass internacional
Tema: “Perdemos a corrida contra o tempo? A seleção como estratégia para priorizar a preservação e arquivos sonoros e audiovisuais em risco de desaparecer”
A masterclass vai abordar questões da “seleção” como uma etapa estratégica nos processos internos do arquivo audiovisual, tanto no mundo analógico quanto no digital. Por mais controversa que seja a ideia de selecionar obras culturais, a realidade é que cotidianamente o arquivista é obrigado a fazer escolhas ao priorizar um título ou outro para receber tratamentos técnicos, ser duplicado, restaurado, digitalizado ou mesmo armazenado e em quais condições.
. Convidada internacional: Perla Olivia Rodriguez – pesquisadora do Instituto de Investigaciones Bibliotecológicas y de la Información de la UNAM (Universidad Nacional Autónoma de México) | México
Mediadora: Fernanda Coelho – Curadora da Temática Preservação | SP
. EXIBIÇÃO DE FILMES – DESTAQUES
“São Paulo Hi-Fi”, de Lufe Steffen (documentário digital, cor, 101 minutos, SP, 2016)
Documentário que resgata a era de ouro da noite gay paulistana nas décadas de 60, 70 e 80 – com as casas noturnas, as transformistas, os militantes, em plena época da ditadura militar.
. CURTAS – MOSTRA HOMENAGEM
CURTAS – MOSTRA HISTÓRICA
Disponíveis na plataforma cineop.com.br até 05 de julho
Apresentação de projetos audiovisuais educativos e debate | SESSÃO LATINA
Projetos do Equador, Argentina, Chile e Cuba estarão disponíveis na plataforma cineop.com.br até 27 de julho
. PROGRAMA MIGUEL HILARI – APRESENTAÇÃO DE FILMES DO DIRETOR
. PROGRAMA TERESA CASTILLO
Seleção de nove filmes produzidos por diferentes povos indígenas com o propósito de comunicar seus cotidianos a partir das suas próprias línguas.
PROGRAMA ALDANA LOISEAU
Seleção de quatro curtas que compõem a série “Pacha: Barro Somos”. Trata-se de uma série de animação em argila que narra episódios característicos da cultura andina do Norte do Peru. Estrelando o “Pacha”, a própria terra em movimento, que, capítulo por capítulo, revela os personagens e tradições de uma cultura milenar que ainda hoje está viva. Feito à mão com argila dos solos da Quebrada de Humahuaca com a técnica de animação quadro a quadro.
Série documental filmada no Norte Argentino em 2012 composta de quatro episódios. Cada capítulo foi filmado numa escola diferente. Lá as crianças criam seus próprios filmes em uma oficina de cinema e, ao mesmo tempo, nos contam sobre a terra e seus ciclos naturais, resgatando a história oral do lugar.
SESSÕES DE CURTAS
Duas sessões de curtas-metragens produzidos por docentes, discentes e realizadores, totalizando 31 filmes.
Estarão disponíveis na plataforma cineop.com.br de 22 de junho a 05 de julho
QUEM TEM MEDO?
documentário, DCP, cor, 71 minutos, SP, 2022
Direção: Dellani Lima, Henrique Zanoni e Ricardo Alves Jr
Documentário que narra a ascensão da extrema direita no Brasil a partir da perspectiva de artistas e suas obras censuradas. A partir de suas vozes, é composto um mosaico das consequências nefastas da ascensão do fascismo em nosso país.
GLAUBER, CLARO
documentário, DCP, cor, 80 minutos, SP, 2021
Direção: César Meneghetti O filme compõe o retrato do maior expoente do cinema brasileiro, Glauber Rocha, em sua experiência italiana e de seu penúltimo longa-metragem “Claro” (1975). O documentário traz de volta o diretor e sua geração através de memórias de amigos, testemunho de colaboradores e de pessoas que o amaram, revelando fatos inéditos de seus anos de exílio na Itália até sua cólera contra o Festival de Veneza em 1980. Glauber, às vezes glorificado, outras odiado, mas quase sempre incompreendido deu uma contribuição essencial para o cinema mundial, fazendo-o avançar, porque só quem é tão ousado para acreditar que pode mudar o mundo, é que realmente consegue.
O BOM CINEMA
documentário, DCP, P&B, 82 minutos, SP, 2021
Direção: Eugênio Puppo
A história do surgimento do Cinema Marginal Brasileiro, começando pela criação da primeira escola de cinema em São Paulo e misturando as memórias de Carlos Reichenbach, às ideias de Rogério Sganzerla e a produção de Boca do Lixo no final dos anos 1960.
TEMPO RUY
documentário, DCP, cor, 72 minutos, RJ, 2021)
Direção: Adilson Mendes Documentário sobre o trabalho do cineasta, escritor, ator e dramaturgo, Ruy Guerra. Um filme-ensaio de montagem vertical que reúne materiais diversos para destacar o discurso do cineasta sobre sua obra ao longo do tempo. Com recursos do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, sua montagem pontua a trajetória do cineasta, desde sua primeira experiência cinematográfica até suas palavras atuais sobre seu trabalho: o artista como crítico da sociedade, o cinema em favor da transformação política, a emancipação da mulher e o retorno do reprimido.
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