Fayga entre tecidos com padronagens criados por ela, de 1950 a 1965. – Foto: acervo IFO
Gravadora, pintora e crítica de arte, Fayga Ostrower, de origem judaica e nascida em 1920, na cidade de Lodz, na Polônia, chegou ao Brasil com a família, em 1934, fugindo das perseguições aos judeus na Europa. Ela faleceu no Rio de Janeiro, em 2001. .
Fayga Ostrower ajudou a sedimentar o modernismo brasileiro, mas abandonou a figuração, em auge na época, e partiu para a abstração, com trabalhos que impactavam pela harmonização das cores e pela libertação das composições geométricas. Ela se interessava pela multiplicação da imagem sobre o papel por qualquer tipo de mídia, utilizando as técnicas mais variadas de expressão gráfica. Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior e recebeu diversos prêmios. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. .
Ela também foi professora no Museu de Arte Moderna (MAM), do Rio de Janeiro, a partir dos anos 1950, quando a instituição carioca, inaugurada em 1948, ocupava o centro do pensamento modernista nacional. Ali, ajudou a implementar um conceito de museu-escola que rompia as fronteiras entre passado e presente, apresentando o processo de criação como um fluxo contínuo e tornando o espaço de exibições um anexo do bloco de aprendizagem, mais vivo e pulsante.
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Vídeo produzido pela Coordenadoria de Exposições (COEXPA), da UERJ, para a exposição comemorativa do centenário de Fayga Ostrower, que foi realizada na Galeria Candido Portinari, na UERJ, inaugurada em 24 de março de 2022.
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