Província argentina de Misiones vai incluir a História e cultura Mbya Guarani no currículo escolar

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Em sessão ordinária da Câmara dos Deputados, os deputados provinciais aprovaram nesta quinta-feira _{^[18.08.2022]} a criação do Programa de Educação Histórica e Cultural Mbya Guarani , com o objetivo de ensinar história e cultura Mbya Guarani a todos os alunos de Misiones.

Será implementado em todos os níveis e modalidades dos estabelecimentos de ensino público de gestão estatal e privada do Conselho Geral de Educação e do Serviço Provincial de Ensino Privado de Misiones.

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Precisamos que os alunos se conscientizem, entender de onde viemos e para onde vamos vai ajudar a formar e consolidar identidades, valorizar e compreender a diversidade” , afirmaram os deputados autores do projeto.

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Na sessão, a deputada Cristina Bandera , disse que “na nossa educação sempre aprendemos com a história das nossas origens, dos Guarani, isso nos dá identidade”.

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Deputada Cristina Bandera. © Imprensa Câmara dos Deputados.

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“Trabalhamos há muitos anos na província de Misiones com a inclusão e convivência que são as EFAS, que fazem inclusão há mais de 30 anos, convivemos e compartilhamos, aprendemos a estar juntos respeitando nossas idiossincrasias, respeitando-os na sua forma de conviver conosco, para aprender com eles e para eles aprenderem conosco”, comentou.

A deputada destacou que “este ensino da nossa educação histórico-cultural será dado nos diferentes níveis de ensino, primário e secundário, nas nossas escolas públicas e privadas; Do governo acreditamos que isso promoverá a superação de preconceitos nos diferentes níveis de ensino.”

Por sua vez, o autor do projeto, Martín Sereno, disse no local que “esta é uma conquista histórica, porque é valorizar nossas origens como povo e região, é memória histórica que queria ser apagada, mas a memória histórica não se mata e as cidades seguem”.

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Deputado Martinho Sereno. © Imprensa Câmara dos Deputados.

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Os objetivos do Programa de Educação Histórica e Cultural Mbya Guarani são:

• Incorporar a Educação Histórico-Cultural Mbya Guarani nas propostas educativas que visam fortalecer o conhecimento de nossas raízes, nossa cultura e história Mbya Guarani;
• Fortalecer nos centros educativos e na sociedade os valores humanos de igualdade, respeito, tolerância, pluralismo, cooperação e responsabilidade social;
• Promover a convivência e cooperação entre alunos de diferentes culturas;
• Promover o reconhecimento positivo das diferentes culturas, línguas e sua necessária presença e divulgação nos centros educativos;
• Superação de preconceitos e estereótipos sobre nossa cultura original e as Comunidades Mbya Guarani;
• A concepção, produção ou seleção de materiais didáticos recomendados para uso em nível institucional;
• O acompanhamento, supervisão e avaliação do desenvolvimento das atividades obrigatórias realizadas;
• A concepção de propostas de ensino, com sequências e orientações de abordagem pedagógica, com base na diversidade sociocultural e nas necessidades das faixas etárias;
• A inclusão dos conteúdos e da didática da Educação Histórica e Cultural Mbya Guarani nos programas de formação de professores.

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O programa promoverá os valores humanos de igualdade, respeito, tolerância, pluralismo, cooperação e responsabilidade social.

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Conselhos de professores Guarani

O Poder Executivo estabelece a competência para aplicar a Lei, que tem poderes para firmar convênios com organizações e entidades internacionais, nacionais, provinciais e municipais, públicas e privadas.

O Ministério da Educação garantirá a realização obrigatória durante todo o ano letivo de ações educativas sistemáticas nas escolas, para cumprimento da Lei que cria o Programa de Educação Histórica e Cultural Mbya Guarani.

As diretrizes curriculares básicas do Programa serão assessoradas por uma comissão interdisciplinar de especialistas no assunto, entre os quais estarão incorporadas a Diretoria Provincial de Assuntos Guarani e professores e membros das comunidades mbya eleitos em sua organização.

A comissão será convocada pelo Ministério da Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia, com o objetivo de elaborar documentos orientadores e incorporar os resultados de um diálogo sobre seu conteúdo com diferentes setores educacionais.

A Lei terá uma aplicação gradual e progressiva, a autoridade de execução estabelecerá um plano de cumprimento da Lei no prazo de 180 dias a contar da sua entrada em vigor, e um prazo máximo de dois anos.

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PA