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. Evoco a espada de prata do raio de lua o escudo encantado da neblina escura
. A mim magnetismo das marés A mim tempestades do oriente Já ouço o uivo agônico dos vendavais e o rufar tenebroso do tambor das avalanches
Pelo nome secreto que nunca foi dito pelo fogo onde joguei meu coração pulsante exijo a presença de vocês, proscritos guardiões sagrados e profanos de meu inconsciente
À batalha horda maltrapilha de poetas e assassinos a cobrir de rubro sangue estas cidades cinza sob a bandeira escarlate da paixão ardente da poesia ácida, cruel, demente e suja das secreções odiosas da devassidão das musas corações bacantes fornicando ao sol poente
. Em frente batalhões andrajosos do delírio Aos céus hostes aladas de meus torpes anseios Não me tragam a verdade, a luz ou o saber tardio troco com prazer este tesouro casto e frio pela sensação efêmera e caótica do espasmo o êxtase, o torpor, o lânguido arrepio que sempre vem a mim depois do orgasmo .
Canção fecundada nas artes húmidas do amor profano escrita nos ossos calcinados de meu suporte humano triturada em meu coração, alquímico cadinho banhada em lágrimas de amor, em fel e vinho
. Fique ecoando como minha última risada cínica deito as armas ao chão, fecho o livro, dispo a túnica Sou uma legião e me basto Saiam do meu caminho.
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