Área do Bosque Guarani, na região central de Foz do Iguaçu, na frente do terminal – Foto: Marcos Labanca
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Por Paulo Bogler – H2FOZ
A prefeitura abriu, nesta segunda-feira, 21, consulta pública online relacionada ao Bosque Guarani. A partir das respostas, será elaborado um projeto para a área natural que fica na região central de Foz do Iguaçu, diz a gestão municipal. O prazo para responder termina em 21 de dezembro, em https://www5.pmfi.pr.gov.br/publicacao-856.
Com a retirada dos animais, transferidos para outros espaços dentro e fora da cidade, a unidade foi fechada para visitação, e a administração pública estuda a destinação do bosque. Há pedido de tombamento para proteção do espaço, com base na legislação municipal.
O objetivo da consulta “é a participação da população de Foz do Iguaçu na tomada de decisões sobre o futuro do Bosque Guarani como novo parque urbano, espaço de preservação, de educação ambiental, de lazer e de visitação”, diz a Agência Municipal de Notícias (AMN).
No formulário na internet, há perguntas se o bosque deve ter cobrança de ingressos para manutenção e abrigar área para comércio e gastronomia no seu interior. Há espaço para sugestões gerais para quem preencher o documento online.
A consulta ainda pede de que forma a pessoa visualiza o Bosque Guarani. As questões para respostas abrangem a área como espaço de lazer, educação ambiental, visitação, preservação ambiental e, por último, a opção de cultura.
“Nos próximos dias o bosque receberá reforma nas calçadas e trilhas, além da adequação das rampas e escadas a fim de tornar o local acessível”, diz o texto de apresentação. E prossegue afirmando que isso é para oferecer “maior funcionalidade e melhorar as condições de uso”.
Oásis no coração cidade, o Bosque Guarani é uma porção de Mata Atlântica. A diversidade e a presença de espécies em extinção, de araucária a peroba, de cedro-rosa a pau-marfim, mostram a sua importância ambiental.
São 30 espécies distribuídas pelos 4,5 hectares de área, informa descritivo florestal parcial da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O relatório ainda cita nascentes que dão origem a dois lagos, que devem configurar área de proteção permanente no entorno dos mananciais.
A graduação de Arquitetura e Urbanismo da Unila se colocou à disposição para contribuir para a preservação do bosque. A sociedade, diz a nota de março, deve “impedir impactos irreversíveis da ação humana, como é o caso do risco iminente da cobiça do mercado privado do turismo e imobiliário sobre o Bosque Guarani”.
Antes, em fevereiro deste ano, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) pediu o tombamento da área para proteção do remanescente de Mata Atlântica encravado na área central da cidade. A solicitação se baseia na Lei Municipal n.º 4.470/2016, do Patrimônio Cultural, Histórico, Artístico e Ambiental de Foz do Iguaçu.
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