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Material foi lançado em 2020 pela Companhia das Letras. Nele, Krenak destaca elementos da filosofia de seu povo que contribuem para a interpretação e enfrentamento dos desafios que assolam o Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.
Ailton Krenak em entrevista ao projeto Produção Cultural no Brasil. Foto tirada em 24/06/2010 pelo Garapa – Coletivo Multimídia.
A Amazon Brasil disponibilizou para download gratuito o livro “O amanhã não está à venda”, do líder indígena, escritor e jornalista, Ailton Krenak (foto). A obra, publicada pela editora Companhia das Letras, foi elaborada em 2020, a partir de 3 entrevistas concedidas por Krenak aos jornais Estado de Minas, O Globo e Expresso, de Lisboa.
. O autor concedeu as entrevistas após ter retornado ao território do povo Krenak, no vale do Rio Doce, para o isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. Nas breves nove páginas que compõem a narrativa principal do livro, Krenak destaca elementos da filosofia de seu povo que contribuem para a interpretação e enfrentamento dos desafios que assolam o Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.
. Para ter acesso à obra e realizar o download gratuitamente, basta possuir uma conta Kindle e clicar aqui, para o acessar o livro.
Segundo Krenak, os povos indígenas e outras populações minorizadas, no Brasil e no mundo, têm enfrentado o isolamento social há bastante tempo. O autor sugere que vale a lembrança permanente de que os seres humanos são natureza e que simplesmente esperar a volta da “normalidade” da época pré-pandemia, sem exercer uma reflexão atenta dos recados da natureza à humanidade, seria uma forma de colocar o amanhã à venda. . Em reflexões críticas, que localizam as responsabilidades de líderes políticos e de empregadores que menosprezaram a letalidade do vírus em preferência aos lucros, Krenak afirma que a natureza nos convida a silenciar. Para o autor, perceber que a natureza seguirá seu curso independente dos seres humanos, mas que o contrário não se confirma, é uma das chaves para repensarmos o presente e darmos início à construção de novos amanhãs, a começar hoje.
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