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. Por Paulo Bogler – H2FOZ .
. Recontar esse episódio da história da região fronteiriça e localizar o local em que foram ocultados seus corpos foi uma verdadeira obstinação do jornalista iguaçuense Aluízio Palmar. O ex-combatente, pedra no sapato do mandonismo dos coronéis em Foz do Iguaçu, dedicou-se a essa causa por mais de 20 anos, ele que poderia ter sido uma das vítimas da chacina. . O resultado desse garimpo e imersão na investigação jornalística resultou no livro “Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?”, publicado originalmente pela Travessa dos Editores (2006), de Curitiba. O trabalho ganhou uma edição atualizada da Editora Alameda, de São Paulo, que pode ser baixada gratuitamente na internet, em PDF (clique aqui). . Os seis militantes entraram no Brasil para organizar ações contra o regime fardado na Região Sul do país, em uma conjuntura amplamente desfavorável. Ao revelar a movimentação derradeira do grupo, Palmar narra não só a sua participação no enfrentamento à ditadura como reconstitui uma parte consistente desse período da história brasileira. . Além do livro, o jornalista e ativista dos direitos humanos mantém o portal Documentos Revelados, um dos maiores sites e dos mais abrangentes acervos documentais no país sobre o período ditatorial, fora do âmbito governamental. São milhares de documentos digitalizados, fonte de consulta gratuita referente ao Brasil golpeado. .
Recuperação da memória
Restauração da história para que ela não se repita, pedem organizadores do ato em Foz do Iguaçu – foto: Divulgação
O militante social integrou a resistência à ditadura civil-militar – foto: Marcos Labanca
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