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“Jardim Japonês”, um dos pontos de visitação do roteiro de Tânia Rodriguez – Fotos: Intendência de Montevidéu
Tania Rodriguez Ravera é licenciada em História. Ela estudou em Foz do Iguaçu nos primeiros anos de implantação da Universidade da Integração Latino-Americana. Sua inquietação em defesa das questões humanitárias, ambientalistas, da cultura e da justiça social a fizeram integrante e protagonista de vários movimentos na fronteira trinacional. Enquanto se graduava na Unila, compartilhava sua vivência e sabedoria com cada canto da cidade.
Tânia, que é uruguaia, depois de concluir seus estudos, voltou a viver em seu país anos atrás. Sua vontade, no entanto, de trocar conhecimento e fazer amigos continua. Foi também por isso que resolveu juntar parte da experiência acadêmica, incluindo a fluência na língua portuguesa, ao seu pertencimento à vida de Montevidéu. Virou guia para quem quer saber especialmente da beleza e da história da região Oeste da capital uruguaia.
Tal recorte no mapa não é aleatório. Afinal foi naquele espaço que a historiadora nasceu e o conhece como a palma de suas mãos. Esta particularidade a ajudou a desenvolver uma proposta de turismo alternativo, simples e ao mesmo tempo riquíssimo. Um tour sócio-histórico que consiste na apresentação do seu espaço natal em passeios a pé. Se o visitante preferir utilizar o transporte público para partes do roteiro, há a alternativa a combinar, explica a guia.
. São duas alternativas de roteiro, circunscritas a partir dos bairros “Villa del Cerro” e “Prado”. A aventura, no entanto, começa na zona central de Montevidéu. Dali, quem passeia com a Tânia e sua bagagem transferível de informações, peculiaridades e detalhamento da História e da dinâmica social, parte para o Oeste em transporte público urbano.
O preço do serviço de guia fica a combinar, dependendo do(s) roteiro(s) discutido antecipadamente.
Tania Rodriguez: “Não deixem que te contem. Vivencie a história você mesmo!” – Foto: arquivo circuito Oeste
Circuito 1 – Bairro Villa del Cerro:
A Vila foi fundada em 1834 e em 1913 foi anexada à cidade de Montevidéu. Desde a sua origem abrigou milhares de imigrantes, que chegavam de diferentes partes do mundo em busca de trabalho no país que florescia na América do Sul.
Por isso, a área foi um verdadeiro polo econômico e social. Conhecida, entre outras coisas pelas suas históricas mobilizações operárias e sociais. Andar com uma historiadora por essas ruas, é sem dúvida, mergulhar mais a fundo na história desse contigente humano que contribuiu no cenário urbano uruguaio. Garimpar imagens nas ruínas de seus ex-frigoríficos é experiência importante. E há ainda na Villa del Cerro, imperdível conhecer a sua fortaleza e a maravilhosa vista da cidade de Montevidéu que ela oferece.
Quadros históricos do Uruguai no Museu Municipal de Belas Artes “Juan Manuel Blanes”
Circuito 2 – Bairro Prado:
O bairro nasceu, no século 19, como zona de casas de descanso e quintas da aristocracia uruguaia. Em 1873, a quinta “El Buen Retiro” e outros prédios, foram transformados em parque público.
Hoje, o Parque do Prado é um dos “pulmões” da capital uruguaia e tem diversos lugares de interesse sócio-histórico e turístico. Seu complexo possui edificações, museus e jardins que convidam o turista a passar a tarde por suas ruas, conectando o passado com a beleza e atualidade do lugar, explica Tania. .
. Alguns dos lugares que são percorridos no circuito: Parque do Prado, o Rosedal Juana de Ibarpourou, o Museu Municipal de Belas Artes “Juan Manuel Blanes”, o Jardim Japonês, o Jardim Botânico e a Residência Presidencial.
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