. O Comitê do Revoga NEM em Foz do Iguaçu convida educadores, estudantes, pais e mães de alunos para o ato público pela revogação do Novo Ensino Médio, na quarta-feira, 19, às 16h, na Praça da Paz. A atividade integra a agenda nacional de mobilizações em capitais e em diversas cidades do país. O colegiado local envolve a APP-Sindicato/Foz, que representa professores e funcionários de escolas da rede estadual, integrantes da Unioeste/Foz e da Unila, estudantes, movimentos sociais e partidos políticos. O comitê se reuniu para organizar as ações públicas no município nessa quinta-feira, 13, no anfiteatro da universidade estadual em Foz do Iguaçu. Desde 2016, os segmentos da sociedade ligados à educação apontam que a então “reforma” instituída por medida provisória do ex-presidente Michel Temer tornou o ensino médio ainda mais distante das necessidades de adolescentes e jovens. O Novo Ensino Médio não forma para a vida nem para o mercado de trabalho, além de não contribuir para o ingresso na universidade. Foram retiradas disciplinas das áreas de humanidades da grade curricular, desumanizando o processo ensino-aprendizagem, com conteúdos genéricos como “O que rola por aí” ou “RPG” para alunos que estão preparando-se para o ensino superior e o trabalho. Segundo a presidente da APP-Sindicato/Foz, Janete Batista, o Novo Ensino Médio é parte do processo de precarização da escola pública. “Ele aumenta as dificuldades estruturais da educação, prejudicando diretamente a vida de professores e estudantes, principalmente dos alunos de famílias com renda mais baixa”, reflete. No Paraná, prossegue, o Novo Ensino Médio se tornou “barganha entre o governador Ratinho Junior e parte do empresariado que busca o lucro na educação, obtendo dinheiro público”. Ela cita o caso recente de uma instituição privada que passou a substituir a escola pública dando aulas on-line sem ter condições pedagógicas e estruturais mínimas, mas assinando contrato milionário. Visão dos estudantes A presidente do Grêmio Estudantil do Instituto Federal do Paraná (IFPR/Foz), Assuncena da Rocha Rodrigues, avalia que o Novo Ensino Médio visa a formar estudantes sem pensamento crítico, desprovido de trocas culturais e vivências humanas. De olho no futuro, ela se preocupa com o tipo de emprego que os jovens da escola pública conseguirão tendo essa formação. “Não apenas contribui para a alienação dos estudantes, seres pensantes que não questionam a realidade, mas cria mão de obra barata”, enfatiza a aluna. “Por isso, iremos às ruas para reforçar o pedido pela revogação do Novo Ensino Médio, que trouxe muitos prejuízos à escola pública”, completa Assuncena, que cobra a construção de um modelo a partir do amplo diálogo. Cronograma suspenso O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), suspendeu por 60 dias o cronograma nacional de implementação do Novo Ensino Médio, principalmente quanto a normas relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Conforme o MEC, há a necessidade de revisão do processo relacionado à Política Nacional de Ensino Médio. Mais informações Para ampliar o debate sobre os limites do Novo Ensino Médio e a necessidade de construção de novas bases do ensino médio, a APP-Sindicato/Foz sugere a leitura do texto “Dez motivos para a revogação imediata do Novo Ensino Médio”. O conteúdo está disponível no seu site institucional: www.appfoz.com.br. . Ato público pela revogação do Novo Ensino Médio Por um ensino médio com a cara da escola Data: 19 de abril (quarta-feira) Horário: 16h Local: Praça da Paz, no centro de Foz do Iguaçu . AI APP-Sindicato/Foz