Um dos ícones do samba, Jorge Aragão se apresentará na IV Feira Nacional da Reforma Agrária – Divulgação
. A feira acontece entre os dias 11 e 14 de maio no Parque da Água Branca, em Perdizes, zona oeste da capital paulista. As atividades começam pela manhã e vão até 20h, de quinta a domingo. Os visitantes poderão conferir atrações culturais e gastronômicas durante todo o dia, nos quatro dias de evento.
. Além de reunir produtores e produtoras de todo o país, com 500 toneladas de alimentos, a quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária vai oferecer apresentações – todas gratuitas – de grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Jorge Aragão, Gaby Amarantos, Johnny Hooker, Escola de Samba Camisa Verde e Branco, Lenine, Liniker, Chico Cesar e Mestrinho.
Entre as atividades previstas estão espetáculos de teatro, de música regional e campesina, cortejos, apresentações de Folia de Reis, jongo e muito mais. Ao todo, serão mais de 200 artistas. Encerrando cada dia de atividades, o Palco Arena terá atividades a partir das 18h.
No primeiro dia, quinta-feira, vão ocorrer diversas apresentações regionais simultâneas, em palcos diferentes. À partir das 18h, tem Zeca Baleiro e Alessandra Leão, com participação dos Sem Terra.
Na sexta (12), após várias atrações desde a manhã, sobem ao palco Yago Opróprio e Jorge Aragão.
A agenda de sábado (13) à noite tem Gaby Amarantos e Johnny Hooker, além da escola de samba paulistana Camisa Verde e Branco. Antes, a dupla Cacique e Pajé, seguidos do grupo Baobá, Clarianas e Canções de Luta.
O encerramento, no domingo (14), terá à partir das 13h30 Samba de Origem, Pastoras do Rosário e Pereira da Viola. À noite, Lenine, Larissa Luz, Liniker, Alzira Espíndola, Tulipa, Chico César e Mestrinho. .
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MST já doou mais de 8 mil toneladas de alimentos saudáveis, e volume vai aumentar com iniciativa vinculada à Feira Nacional da Reforma Agrária – Breno Thome Ortega/MST
. Cerca de 25 toneladas de alimentos serão doadas após o encerramento da quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no próximo domingo (14). Os donativos farão parte da ornamentação do Parque da Água Branca nos quatro dias de atividades e serão encaminhados a pessoas em situação de vulnerabilidade social na sequência.
As doações dão seguimento a uma iniciativa histórica do MST. Desde o início da pandemia, em 2020, o movimento já doou mais de 8 mil toneladas de alimentos e 2 milhões e meio de marmitas solidárias.
Com mais de 450 mil famílias assentadas e 100 mil famílias acampadas, o MST produz alimentos como arroz, leite, carne, café, cacau, sementes, mandioca, cana-de-açúcar e grãos, que são beneficiados e preparados antes de serem entregues para doações. .
Alimentação saudável, gostosa e que faz parte de uma cadeia produtiva com responsabilidade ambiental e social é um dos pontos fortes da feira. As mais de 30 cozinhas instaladas vão oferecer quase 100 pratos que representam as culinárias de todas as grandes regiões brasileiras.
De bobó de camarão e baião de dois (Nordeste) à galinha caipira no leite de coco de babaçu e maniçoba (Norte); de arroz com pequi e ventrecha de pacu (Centro-Oeste) à arroz com lula e carreteiro (Sul). Do Sudeste, alguns exemplos que o visitante pode explorar são o porco de tacho, lombo de jaca e feijão tropeiro.
Principal evento do país para comercialização dos produtos da Reforma Agrária, a Feira Nacional se consolidou como um espaço tradicional da cultura popular brasileira. No evento são ofertados alimentos oriundos de assentamentos e acampamentos do MST espalhados pelo país. Mais de 1.500 itens estarão sendo vendidos, oriundos de mais de 1.200 cidades do país.
O evento deste ano, o primeiro no formato tradicional desde o início da pandemia, marca o início das celebrações dos 40 anos do MST. A feira estreou em 2016, e foi realizada também em 2017 e 2018. Em setembro de 2019, o evento entrou oficialmente no calendário de turismo da cidade de São Paulo, mas não foi realizado porque o então governador João Doria (PSDB) vetou o uso do Parque da Água Branca.
Em 2020 e 2021, por causa da pandemia de covid-19, o evento foi cancelado. Em 2022, foi realizado o Festival Nacional da Reforma Agrária, uma versão mais enxuta, devido às restrições que ainda existiam por conta da pandemia.
O evento vai apresentar mais de 100 pratos típicos das diferentes regiões do país e 500 toneladas de alimentos. – Foto: Arquivo MST
Para falar sobre as expectativas da feira, o programa Central do Brasil conversou na última sexta-feira (5) com o integrante da coordenação nacional do setor de produção do MST, Diego Moreira.
Com mais de 500 toneladas de alimentos diversos e mil produtos, a feira pretende provar que o nosso país não é país da monocultura, diz Diego. “É um país que produz uma diversidade muito grande de alimentos e a feira irá expressar isso, mais de mil produtos serão mobilizados nos assentamentos, das ocupações, de cooperativas e associações da reforma agrária do Brasil inteiro. E dessas 500 toneladas nós queremos que cerca de 30 toneladas seja só para ação de solidariedade.”
Moreira lembrou ainda que cerca de 70% dos alimentos que chegam na mesa da sociedade brasileira hoje são produzidos na agricultura familiar e na reforma agrária. “São mais de 500 mil famílias assentadas no Brasil organizadas pelo MST, isso somando mais de 100 cooperativas e centenas de associações que organizam a produção. Então sem dúvida nenhuma a reforma agrária é uma das medidas fundamentais para garantir a produção de alimento, a diversidade e que esse alimento chegue de uma forma mais barata.”
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