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Se existe um “trem” que o brasileiro é “bão” é em festejar ocasiões especiais, mas você sabia que a tradição da festa junina vai além das fronteiras brasileiras? Celebrada em diversos lugares ao redor do mundo, com músicas animadas e empolgantes, a festividade reúne vários pratos típicos e possui relevância e alcance internacionais. Pensando nisso, a Preply, plataforma que conecta alunos a professores de idiomas, fez uma pesquisa e descobriu como alguns países comemoram essa data e quais são os costumes desses lugares.
Apesar das influências europeias trazidas pelos colonizadores portugueses, como trajes característicos e danças folclóricas, a festa se desenvolveu mesmo no Brasil, se tornou algo muito popular e “virou a sensação do pedaço”. Cheia de quadrilhas, fogueiras, bandeirinhas e quitutes, como milho, canjica, pé de moleque e quentão, a “farra” também é marcada por muitas brincadeiras e jogos. Entre os principais e mais famosos arraiais estão o São João de Campina Grande, na Paraíba, o Festival de Parintins, no Amazonas, e o Mossoró Cidade Junina, no Rio Grande do Norte, para citar alguns.
. Essa “tremedeira de festança”, que é celebrada no mês “arretado” de junho no Brasil e nos outros locais analisados pela plataforma, combina elementos religiosos em homenagem aos santos São João, São Pedro e Santo Antônio. Para a VP de Brand da Preply, Sofia Tavares, a comemoração é de extrema importância, pois representa uma manifestação cultural e uma preservação de tradições ancestrais que refletem a identidade de um povo.
1- Espanha
A “festança” na Espanha é muito diversificada e tem características únicas em cada canto. Na Catalunha, no nordeste, os fogos de artifício dão um show, iluminando o céu como se fosse um “estouro de alegria”. Em Barcelona, no norte, é puro “arrasta-pé” com as tradições celtas, com danças e concertos muito animados, tudo no ritmo de São João. E, em Alicante, no sudeste, a festa na fogueira “é de arrepiar”, porque tem queima de monumentos feitos de papel machê, muitos desfiles, oferendas florais, quitutes e um concurso de fogos de artifício na praia. Já em San Pedro Manrique, na província de Soria, eles queimam mil quilos de lenha na frente da igrejinha da Virgen de la Peña e os homens de São Pedro encaram um desafio muito corajoso, andando descalços com alguém nas costas enquanto o chão está em brasas.
2- Canadá
A festa do São João é “coisa séria” nas cidades do Canadá que foram colonizadas pelos franceses. Em Quebec, o dia 24 de junho é pura animação, com um desfile de rua todo politizado e patriótico, com pouca natureza religiosa. O evento, que virou feriado nacional, traz instrumentos de sopro, acrobatas que não param e ainda 24 bonecos gigantes representando figuras históricas de Quebec. E, não é só isso, porque tem muita fogueira, shows musicais, danças típicas, “churrascos dos bons” e fogos de artifício para iluminar o céu.
3- Dinamarca
A festa tem nome pomposo na Dinamarca: é a tal de Sankha Saften, ou seja, a noite de São João, em português. Até 1970, essa “festarola” era feriado oficial. Os dinamarqueses tinham o costume de criar uma bruxinha feita de palha e pano, que era colocada na fogueira durante a celebração, evocando os tempos de caça às feiticeiras na Europa. Além disso, o negócio “pega fogo” mesmo, pois eles acendem fogueiras para espantar maus espíritos. Hoje em dia, a “farra” acontece nas praias, com piqueniques super animados e cantorias tradicionais.
4- França
A galera pensa que as famosas quadrilhas surgiram no Brasil, contudo, esse tipo de dança é original da França. No território francês, eles chamam de Fête de la Saint-Jean, o que pode ser traduzido para Festa de São João. Contudo, não pense que é só “balancê” não, porque tem toda uma tradição por trás. Embora tenham algumas origens pagãs, os franceses comemoram com uma pegada católica e acendem fogaréus para homenagear uma estátua do profeta João Batista. E, para “não deixar a peteca cair”, ainda dançam umas “músicas de arrepiar” e fazem até uma missa para esse santo.
5- Noruega
O arraial é conhecido como Sankthans na Noruega, uma combinação de palavras que, quando traduzidas, querem dizer Santo e João, respectivamente. Por lá, rola um banquete de dar água na boca, cheio de quitutes regionais: salsichas grelhadas, cachorros-quentes, arroz doce com manteiga e canela e carnes e frutas defumadas. Nessa versão nórdica da festa junina, eles também capricham na fogueira, empilhando caixas, madeiras e outros itens inflamáveis para formar uma pilha gigante de fogo.
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