Domenico De Masi, escritor italiano, visita a Vigília Lula Livre e relata encontro com o ex-presidente Lula na prisão, em 2019 – Foto: Ricardo Stucker
Morreu o sociólogo italiano Domenico De Masi, autor de “O ócio criativo”, de 1995, e outros livros sobre economia, trabalho e mundo contemporâneo. Sua morte foi informada neste sábado (9). A causa não foi divulgada.
De Masi tinha 85 anos e em agosto deste ano, segundo a imprensa italiana, descobriu que estava doente. De Masi foi professor emérito de Sociologia do Trabalho na Universidade Sapienza de Roma e chegou a ser reitor da faculdade de Ciências da Comunicação.
Intelectual respeitado em todo o mundo, De Masi defendeu em suas obras que o ócio era algo positivo e necessário à criatividade humana. O sociólogo influenciou a criação da renda básica de cidadania na Itália, em 2019, e foi um dos grandes pensadores do partido Movimento 5 Estrelas.
O italiano tinha fortes laços com o Brasil e em 2010, chegou a ser nomeado cidadão honorário da cidade do Rio de Janeiro.
De Masi nasceu em Rotello, em 1938. Escreveu mais de dez livros publicados no Brasil. Em junho, ele encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Roma. Antes disso, em abril de 2019, havia visitado Lula na prisão, em Curitiba.
Lula lamentou a morte de De Masi em postagem nas redes sociais. “Intelectual incansável e homem público apaixonado, sempre foi um defensor das causas sociais, do avanço das conquistas humanas e de um mundo mais justo e solidário”, escreveu o presidente.
Sociólogo e autor do best-seller “Ócio Criativo”. O livro vendeu milhões de cópias ao redor do mundo e foi traduzido em diversos idiomas, dando origem ao conceito homônimo e difundindo o termo globalmente.
Professor emérito de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza (Roma), além de membro do Comitê de Ética da Fundação Veronesi e do Comitê Científico da revista “Sociologia del Lavoro”.
Presidente do In/Arch (Instituto Italiano de Arquitetura) e da Associação Italiana de Instrutores. Palestrante e consultor de empresas públicas e privadas. Fundou e dirigiu a SIT, empresa italiana de teletrabalho, e a revista NEXT.
Publicou diversos ensaios sobre trabalho, desenvolvimento e sociologia urbana, como “Grupos Criativos na Europa entre 1850 e 1950”, “Uma revolução simples”, “Porque o futuro está desempregado”, “Trabalho no século 21” e “O mundo ainda é jovem”.
Cidadão honorário da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
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