Categoria afirma que está esgotada, sem solução às demandas – foto: Marcos Labanca/Arquivo H2FOZ
De H2Foz / Por Paulo Bogler Em assembleia, professores e profissionais da educação municipal aprovaram greve, a partir de 16 de outubro, com paralisação e protesto na prefeitura já nesta quinta-feira, 5. Cerca de 400 servidores participaram da plenária.
A categoria está em estado de greve há oito meses, cobrando avanços nas negociações de correções salariais, reconhecimentos por formação e melhores condições de trabalho. O descontentamento inclui falta de professores, que gera sobrecarga de trabalho.
“Tivemos muitas reuniões com o prefeito Chico Brasileiro e com secretários para que os direitos dos profissionais sejam cumpridos”, explica a presidente do Sinprefi, Viviane Dotto. “Mas os avanços são muito lentos, a categoria não aguenta mais esperar”, completa.
Em vários momentos da assembleia, realizada nessa quinta-feira, 28, na Escola Municipal Ponte da Amizade, os educadores pediam “greve!”, “greve!”, “greve!”, demonstrando a insatisfação. Com a decisão, um comunicado foi emitido ao poder público e à comunidade.
O sindicato elenca vários pontos não efetivados pela prefeitura e que levaram à decisão pela greve:
. prefeitura não pagou o residual de 5,21% de reposição referente à data-base 2022–2023, negociação que sempre ocorre em maio; . está pendente a implantação do percentual de 4,89% de reajuste do Piso Nacional do Magistério de 2022; não foram pagos os avanços salariais por diplomas de formação apresentados à gestão.
. A categoria ainda cobra melhoria das condições de trabalho, o que inclui mais professores. . Apoio profissional para alunos com deficiência e formação para os educadores que realizam o acompanhamento, além da manutenção dos repasses previdenciários, integram a lista.
Assembleia reuniu cerca de 400 profissionais da educação municipal – foto: Divulgação/Sinprefi
Outra notícia vinda da prefeitura causou indignação entre os trabalhadores da educação. Informa o Sinprefi que a administração não irá pagar, neste ano, o que foi prometido como reconhecimento dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB 2022).
A presidente do sindicato afirma no comunicado à comunidade escolar que foram inúmeras reuniões com a gestão de Chico Brasileiro e outras tantas propostas recusadas. Devido aos longos oito meses de negociações, professores e profissionais do ensino definiram pela mobilização.
“Queremos comunicar os pais e responsáveis pelas crianças das nossas escolas e CMEIs que nós tentamos de tudo, mas que estamos esgotados”, pontua Viviane Dotto. Ela elenca que são “perdas financeiras significativas e muitos profissionais estão com a saúde mental afetada”.
Agenda dos educadores municipais: Paralisação na prefeitura: 5 de outubro (quinta-feira), em horário a ser definido Greve: a partir de 16 de outubro
Todo apoio a educação! 1- Falta de professores na Educação Infantil; 2- Condições dignas de trabalho para a categoria: 3- Diminuição de número de alunos por sala; 4- Alunos laudados sem profissional de apoio; 5- Ampliação de vagas para todos os cargos; 6- Formação continuada para os professores que estão em apoio; 7- Acompanhamento e programa de readequação funcional; 8- Condições dignas de saúde para o trabalhador; 9- Normativa de escolha de turma; 10- Implantação do percentual de 4,89% de reajuste do Piso Nacional do Magistério de 2022; 11- Pagamento dos protocolos de fevereiro, junho e agosto de 2023 e retroativos de 2022; 12- Cumprimento e aplicação correta da Lei 4362/2015, art. 46, III, no percentual de 33% para hora atividade dos professores e a adequação de número de alunos por sala; 13- Pagamento do Abono do IDEB de 2021 para os inativos das escolas contempladas que estavam trabalhando no período. 14- Pagamento do IDEB para educação Infantil; 15- Ampliação do Vale alimentação para toda a categoria da educação no valor de R$ 500,00 – aguardando proposta de viabilidade conforme acordado na reunião; 16- Aumento do abono assiduidade para R$ 200,00 para 20h e R$ 400,00 para 40h– aguardando proposta de viabilidade conforme acordado na reunião; 16- Repasses para o Foz Previdência; 17 – Transparência nas transferências de unidade; 18- Assédio moral aos trabalhadores.
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