Doutor Aiex, como ficou conhecido na vida pública de Foz do Iguaçu, faleceu em janeiro de 2024. Médico psiquiatra, foi um defensor intransigente do Sistema Único de Saúde – SUS, fundador do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu e ativista ambientalista.
Durante a entrevista, Aiex comenta episódios da sua trajetória política. Em uma das passagens de “Uma vida em busca de discernimento”, Aiex conta que, nos anos 1990, o prefeito da época o perseguiu por causa de uma medida que havia tomado como secretário de Saúde em Foz. A ordem do gestor, como punição, era para o médico “trabalhar” no pátio da prefeitura.
“Inconformado com tal atitude pensei em uma maneira de enfrentar o prefeito em alto nível”, diz no livro. “Levei então uma mesa e 3 cadeiras para uma sombra em frente a Prefeitura Municipal e montei um atendimento naquele local”, escreve Aiex.
A repercussão foi grande, destaca o psiquiatra. Em três dias o prefeito revogou a determinação. Ainda assim, Aiex foi encaminhado para outro local de trabalho, e não ao ambulatório de saúde mental, onde era o seu espaço para atender a população.
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