Desde o ano 2000, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, celebra o dia a 21 de fevereiro como a data Internacional da Língua Materna, com o intuito de promover a diversidade linguística e cultural. A celebração se origina em acontecimentos sociais ocorridos em Bangladesh, no mesmo dia do mês de fevereiro, quarenta e oito anos antes, em 1952. Naquele dia, um grupo reivindicava que a sua língua materna, o bangla, fosse reconhecida como língua oficial pela estado paquistanês. A polícia e o exército, no entanto, abriram fogo contra a manifestação, matando quatro pessoas.
A importância de se preservar a variedade de línguas, está diretamente ligada à diversidade cultural e à riqueza de vivências contidas nisso. Com a globalização e a aproximação de culturas hegemônicas, muito dessa diversidade está ameaçada. Segundo a Unesco, dos mais de 7 mil idiomas existentes na Terra, aproximadamente 2,5 mil correm risco de desaparecer. Junto com eles, uma imensurável sabedoria de transmissão oral, também.
O organismo mundial também adverte que perto de 40% da população mundial recebe educação formal e informação massificada em idioma que não entende o suficiente para interpretar o conteúdo. Em muitos casos, a própria escola, ainda que parcialmente protegendo as línguas originárias, as enfraquecem no seu cotidiano e, por conseguinte, em seu seio familiar.
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