A foto da capa do livro, emblemática que só, foi tirada em 1999, por Gilson Camargo, e mostra o sr. Jorge Koutsoukos servindo uma bebida no balcão.
O universo dos antigos armazéns de secos e molhados da cidade de Curitiba é o tema do livro “Os Armazéns na Cidade, a Cidade nos Armazéns”. Lançado em meados de maio, a publicação revela o retrato vivo de uma época na qual a arquitetura desses espaços se entrelaça de maneira intrínseca com as histórias, tradições e o cotidiano das pessoas.
Organizado pela arquiteta Thais Glowacki, o livro tem como autores a arquiteta e professora Cleusa de Castro e o jornalista Sandro Moser, com fotografias de Gilson Camargo. A obra é dividida em duas partes: na primeira, “Os Armazéns na Cidade”, Cleusa faz uma análise dos armazéns remanescentes em Curitiba, examinando suas características arquitetônicas únicas com foco no patrimônio material.
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. “O livro permite sensibilizar um público mais amplo para a importância da preservação do patrimônio cultural que consolida a representação da história e da cultura de um lugar. E propõe ainda um esgarçamento dos limites definidores do que pode ser considerado patrimônio, apresentando os Antigos Armazéns de Secos e Molhados, que são edifícios de caráter arquitetônico não erudito e esteticamente não tão interessantes, como relevantes do ponto de vista dos significados que carregam na história e cultura de um lugar”, explica Cleusa.
Armazém Pimentel, bairro Seminário, 1999 – Gilson Camargo
Já na segunda parte do livro, “A Cidade nos Armazéns”, o olhar do jornalista Sandro Moser captura o fluxo da memória coletiva, revela as histórias das pessoas e acontecimentos que se desenrolaram porta adentro desses espaços comerciais e das circunstâncias sociais, econômicas e políticas que influenciaram o desenrolar da história. “Nós tínhamos um conjunto de questões sobre os armazéns que gostaríamos de cobrir, como a cultura do fiado, a transmissão de saberes entre gerações, a ressignificação dos espaços e a relação com a comunidade vizinha. Nossa ideia nunca foi fazer um grande e definitivo levantamento dos armazéns, mas falar dos temas que queríamos a partir das pessoas que tinham o que falar”, diz Moser.
Para a organizadora e idealizadora do projeto, Thais Glowacki, hoje vivemos em um tempo em que esquecemos as tradições de muitos séculos e as ruínas urbanas nos lembram dos modos de vida passados. “Sem apelar ao saudosismo, entendemos que a salvaguarda desses testemunhos da história cotidiana ajuda a manter viva uma parte da identidade da cidade, servindo como ponte entre tempos distintos e fonte da nossa trajetória coletiva”, afirma.
Mercearia Florestal, Jardim Social / Gilson Canargo
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