Desenho e bordado: Celma C. R. Villela (villelacelma@yahoo.com.br)
Era um tempo de guerra entre os moradores da água e os da terra e não existia ainda o peixe-boi; foi quando Monãg, o Deus do bem decidiu buscar a paz!
Ele ordenou a Guaporé, filho mais velho do Piraruku que fosse à superfície, se transformasse em gente e seduzisse a filha de Tabaguá, Tuxana dos Maraguá.
Assim se deu. Naquela noite a aldeia estava em festa. Era tempo de Panãbypiá se casar e ela deveria escolher um dos jovens. Ela viu Guaporé e se apaixonou por ele, mas não poderia escolhê-lo porque era um desconhecido.
Então, a moça apontou para um rapaz qualquer da aldeia e se casou com ele. Terminada a festa foi só até o rio se banhar e se deparou com Guaporé que se aproximou, a abraçou e ficaram juntos até a manhã seguinte.
Não soube explicar ao marido o que aconteceu e envergonhada se trancou em casa, reaparecendo prestes a ter um filho, correu e mergulhou no rio.
Enfeitiçada pelos peixes, agora é esposa de Guaporé e mãe de Guarugá, o peixe-boi. Os Maraguá nunca mais guerrearam com os peixes.
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