Uma garrafa pode ser muitas coisas: um passarinho, uma bola ou até mesmo um poema. Há diferentes rótulos que podem ser determinados a um mesmo objeto, assim como são possíveis muitos olhares sobre a vida, as pessoas, a literatura e a arte. Respeitar a opinião do outro, dialogar com o diverso e respeitar o diferente é a lição que deve permanecer. Assim começa uma das oficinas que integram o Festival Auê Literário, iniciativa voltada para estudantes da rede estadual de educação, que prevê a formação de leitores e o incentivo à expressão e à circulação cultural. O projeto é realizado pela Associação Guatá, em parceira com escolas públicas e professores, com o patrocínio da Itaipu Binacional. Álbum de oficinas no Colégio Gustavo Dobrandino da Silva
A professora Angela Moreira, do Colégio Gustavo Dobrandino da Silva, na região Sul de Foz do Iguaçu, destaca a importância da relação da escola com os projetos sociais e culturais. “Os alunos conseguem desenvolver seus talentos de forma mais livre para criar, pois muitos deles fazem música, poesia, desenhos”, frisa Angela Moreira. A educadora ressalta a relação entre atividades do projeto Festival Auê Literário e os conteúdos curriculares. “A interação reforça os laços entre eles e isso é muito importante para a escola”, frisa Angela Moreira. “Valorizamos a interdisciplinaridade e achamos que essas atividades lúdicas abrem novas fórmulas para o professor trabalhar a leitura, a poesia e arte”, conclui.
Para Fabiola Bomdia, diretora auxiliar do Colégio Flávio Warken, localizado na Vila C, na área Norte da cidade, projetos culturais complementam os conteúdos básicos trabalhados na escola. “Muitas vezes, os conteúdos precisam de um olhar diferenciado para que os estudantes mergulhem à fundo no ambiente cultural dentro da escola”, expõe. Para ela, a ação de leitura e expressões realizada pela Associação Guatá aproxima a comunidade da escola e contribui para as práticas educativas. “A escola não pode ser uma ilha, desconectada da comunidade, tem que estar aberta para projetos como esse. É uma iniciativa que pode estimular muitas novas práticas de aprendizado ou complementá-las”, pontua.
________________________________ Guatá:Texto: Paulo Bogler / Fotos: Áurea Cunha
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