Prédio da ABL e estátua de Machado de Assis, seu fundador. (Foto: © reprodução/Facebook)
A Academia Brasileira de Letras (ABL) abriu ao público o acesso virtual ao seu acervo museológico, com mais de 200 itens disponibilizados digitalmente. Clique aqui para acessar. A data coincide com a comemoração do Dia Mundial da Arte.
Dentro da transformação sociológica e do quadro de emergência sanitária que a pandemia do novo coronavírus trouxe para as pessoas, unindo o real e o virtual, a internet se mostrou um dos instrumentos mais eficazes para dar conta desse horizonte novo e inesperado, disse à Agência Brasil o presidente da ABL, professor Marco Lucchesi.
Por isso, a instituição considerou que era o momento oportuno para o lançamento do acervo museológico no processo de expansão natural do ‘site’. Além do acervo museológico, é possível também fazer consultas aos acervos arquivístico e bibliográfico da ABL.
Marco Lucchesi destacou que como o acervo museológico é grande, os itens serão acrescentados aos poucos. “É muito importante para o pesquisador, para a própria academia e para o grande público”. Os itens pertencem ao patrimônio da ABL. Boa parte veio de doações ou de compras efetuadas pela instituição, no passado.
O acesso virtual permitirá inicialmente ao usuário fazer consultas às coleções de pinturas, desenhos, esculturas e diversos materiais pertencentes à academia. Pelo novo sistema, o usuário terá acesso às fichas catalográficas das peças e suas fotografias. “Estamos oferecendo a beleza da nossa museologia, com nossas imagens”, disse Lucchesi. Esse projeto se junta a todos os outros que estão disponíveis no portal da Casa e que vão desde a acessibilidade até a tradução automática para mais de 100 idiomas.
O presidente da ABL acrescentou que depois do acesso museológico virão outras iniciativas, dependendo de um ritmo mais complexo da pandemia, “porque nós queremos preservar a vida de mortais e imortais. Estamos obedecendo à risca os procedimentos sanitários e, sobretudo, o isolamento social”. Passada a crise da covid-19, Marco Lucchesi afirmou que terá ampliação a oferta dos arquivos da ABL para o público e sua digitalização.
As coleções do acervo museológico disponibilizadas hoje (15) trazem exemplares de diversos artistas da história da arte brasileira, em diferentes gêneros artísticos. A coleção de pintura, com mais de 100 itens, conta com exemplares de Portinari, Dimitri Ismailovitch e Rodrigo Soares. Já a coleção de escultura tem obras de Rodolfo Bernardelli, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes, dentre 140 peças.
A coleção de mobiliário, que será disponibilizada em breve, totaliza mais de 400 unidades. Cada peça terá pertencido a algum acadêmico, desde o fundador da ABL, Machado de Assis. “São peças que guardam em si mesmas um valor estético importante, dependendo de quem foi o dono anterior, mas é claro que em numa perspectiva mais intensamente ligada à cultura do Brasil, as peças acabam adquirindo valor agregado pela história de quem foi e por que chegaram à academia. É um ponto de orgulho a mais”, salientou Lucchesi. A parte de mobiliário deverá estar disponível no sistema ao longo dos próximos meses. Novos itens serão incluídos em breve ao acervo.
Por Agência Brasil
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