Porta de entrada para as cientistas na Fiocruz, o Curso de Aplicação oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz desde 1908 recebeu as primeiras mulheres na década de 1920. O campo de trabalho para as pesquisadoras só começaria a se ampliar, no entanto, após a Segunda Guerra Mundial, com a valorização da ciência. Foi nesse contexto que algumas mulheres conquistaram espaço profissional que até então não existia no mundo dos laboratórios.
Pioneiras, algumas dessas cientistas são as personagens principais do documentário Mulheres na Fiocruz: Pioneiras que foi lançado no último dia 11, para marcar a data internacional dedicada à participação das Mulheres e Meninas na Ciência. A celebração do dia foi instituído pela ONU em 2015.
Narrando suas próprias histórias, as pesquisadoras Ana Kohn, Ottilia Mitidieri, Dyrce Lacombe, Monika Barth, Delir Correa Gomes e Luiza Krau (in memorian) mostram como se destacaram por seu pioneirismo nas atividades de ensino e pesquisa na instituição entre as décadas de 1940 e 1980 e como abriram caminho para as gerações seguintes. O filme, dirigido pela documentarista Cristiana Grumbach, tem 15 minutos de duração e busca conciliar a dimensão pessoal com a profissional, enfatizando tanto questões subjetivas, quanto aquelas relativas à vivência profissional dessas mulheres, dentro e fora da Fiocruz.
A iniciativa dá continuidade ao projeto Memória Institucional – Mulheres na Fiocruz, que em 2020 lançou seus primeiros vídeos, com as cientistas Maria da Luz Fernandes Leal, Yara Maria Traub-Cseko e Liléia Gonçalves Diotaiuti, que tiveram suas carreiras, dificuldades, conquistas e contribuições reveladas em filmes de dez minutos de duração cada. As entrevistas de história oral realizadas para a produção dos vídeos estão sob a aguarda do Departamento de Arquivo e Documentação da COC/Fiocruz e poderão ser consultadas na íntegra.
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