Até 5 de outubro, o site do Itaú Cultural (IC) apresenta seis filmes que compõem a 25ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, considerado um dos maiores eventos do gênero na América Latina.
Prosseguindo uma parceria que vem sendo construída há mais de uma década, o IC apoia o festival e recebe, mais uma vez, as programações de curadoria feitas pelos organizadores do evento. Em um ano marcado por uma pandemia e pela consequente necessidade de distanciamento e isolamento sociais, o É Tudo Verdade teve sua dinâmica presencial suspensa para ser readequada ao ambiente virtual.
Além desta mostra on-line, o IC recepciona também a Conferência Internacional do Documentário.
As obras ficam disponíveis ao público de 23 de setembro (a partir das 13h) a 5 de outubro (até as 9h). Apenas Santos Dumont: Pré-Cineasta? possui um período de exibição diferente: de 24 (a partir das 13h) a 25 de setembro (até as 9h).
A Televisão e Eu (Andrés Di Tella, Argentina, 2002, 75 minutos)
Um ensaio fílmico que se estende da primeira lembrança pessoal do diretor às mais antigas memórias da TV na Argentina. Duas histórias e dois sonhos intercalados: a de Jaime Yankelevich, o imigrante judeu que se tornou o rei do rádio e introduziu a TV na Argentina, e a do avô do próprio diretor, Torcuato di Tella, outro imigrante que construiu um império industrial.
[livre para todos os públicos] – Veja aqui.
Gyuri (Mariana Lacerda, Brasil, 2019, 87 minutos)
Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos yanomami. Seu valioso acervo, sua militância incansável, seu passado de guerra e a vulnerabilidade atual dos indígenas são revistos por meio de diálogos de Andujar com o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, com a interlocução do filósofo húngaro Peter Pál Pelbart.
O Segundo Encontro (Veronique Ballot, França e Brasil, 2019, 70 minutos)
Após 64 anos, a diretora segue os passos do pai, o repórter-fotográfico Henri Ballot, que integrou a expedição dos irmãos Villas-Boas na qual se deu o primeiro contato entre homens brancos e indígenas Metuktire, no norte de Mato Grosso. O que aconteceu com os povos originários depois de mais de seis décadas de invasão de suas terras? Que traços do pai a filha encontraria em território tão afastado? No filme, os indígenas falam, confrontam passado e presente e revivem a memória dos Kayapós por meio das fotos de Ballot.
Volkswagen – Operários na Alemanha e no Brasil (Jorge Bodanzky e Wolf Gauer, Alemanha e Brasil, 1974, 28 minutos)
Um paralelo da vida e do trabalho de dois operários da Volkswagen, um no Brasil e outro na Alemanha, que exercem funções idênticas na montagem do Fusca.
40 Dias para Aprender Cinema (Mark Cousins, Reino Unido, 2020, 136 minutos)
Junte-se ao cineasta e escritor Mark Cousins em uma jornada de 40 dias, explorando como nós refletimos sobre nossa paixão pelo cinema e aspectos relacionados ao ato de fazer filmes, incluindo estilo, ideias, emoções, aspectos práticos e outras coisas divertidas. Exploraremos a linguagem universal do cinema, vendo obras que perpassam fronteiras artísticas e culturais.
[classificação indicativa: 12 anos] – Veja aqui.
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.