. As mulheres indígenas sempre tiveram um papel fundamental na defesa dos territórios, da natureza e da vida dos povos originários. Apesar disso, essa luta sempre foi invisibilizada. Desde o período colonial, elas sofrem com preconceitos e estereótipos que foram gerados pela visão deturpada do colonizador europeu [1]. A sociedade, influenciada pela concepção de inferiorização feminina e dos povos indígenas, reproduz esses estigmas.
Para ajudar nessa jornada de conhecimento sobre os povos e mulheres indígenas, reunimos cinco filmes que contam a história de mulheres indígenas, como suas demandas pela terra, suas conquistas como líderes e suas preocupações diárias.
Acompanhe a lista e veja onde você pode assistir cada um dos filmes: .
. “A mãe de todas as lutas é a luta pela terra”, essa é uma frase dita por muitos indígenas que lutam pela reforma agrária justa no Brasil. O documentário “A Mãe de Todas as Lutas” acompanha a trajetória de duas mulheres emblemáticas que estão no front da luta pela distribuição justa de terras no Brasil.
. Durante o documentário, Shirley Krenak apresenta o que é a luta pela terra do ponto de vista da causa indígena, honrando as Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Enquanto isso, Maria Zelzuita, sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, traz sua vivência através do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Onde assistir: Plataforma de streaming Tamandua.tv.
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. Os povos indígenas são tradicionalmente patriarcais, ou seja, são os homens que ditam as regras nessas aldeias. O povo Huni Kuin, no qual Bimi vive, segue essa mesma estrutura patriarcal de tantos outros povos. Mas Bimi, uma mulher indígena de personalidade forte e determinada, questiona a hierarquia e a tradição de seu povo. . O documentário, dirigido por três indígenas do povo Huni Kuin, mostra como Bimi tornou-se a primeira mulher indígena do seu povo a organizar sua própria aldeia no Acre após ser expulsa da sua aldeia de origem. Além disso, Bimi desenvolveu vários papéis ao longo dos anos, dentre eles, pajé de cura, uma atividade até então exclusiva dos homens. . Onde assistir: Plataforma de streaming Prime Video
. O reconhecimento das Terras Indígenas assegura a existência de diversos povos originários, assim como a continuidade cultural e social de cada povo. Entretanto, uma parcela importante dos povos indígenas ainda se encontram vulneráveis em relação às suas terras.O filme “Rama Pankararu” é criado a partir dos conflitos históricos e atuais que se formaram por causa do desrespeito do direito à terra do povo Pankararu no sertão pernambucano. Com roteiro e produção de Bia Pankararu e Pedro Sodré, o filme estreou no 24º Festival de Cinema Brasileiro de Paris. . Onde assistir: Claro TV
O curta-metragem “Nossos espíritos seguem chegando – Nhe’ẽ kuery jogueru teri” traz um breverelato dos primeiros cuidados de uma mãe indígena Guarani Mbya a sua filha ainda no ventre durante a pandemia de COVID-19. O filme acompanha o dia a dia da indígena Pará Yxapy e suas preocupações em relação ao parto e à pandemia de COVID-19.
O curta-metragem tem direção, fotografia e som de Kuaray Poty, indígena Mbya Guarani. Onde assistir: Disponível no YouTube.
No dialeto Parakanã, a palavra “Topawa” significa “rede”, um artesanato tradicional da comunidade. Nesse curta-metragem do estado do Pará vemos depoimentos de mulheres da Terra Indígena Apyterewa do povo Panakanã sobre os primeiros contatos com os homens brancos, enquanto confeccionam redes e cestas a partir do tucum, uma espécie de palmeira selvagem.
O filme, produzido por cineastas da aldeia Parakanã, recebeu o Prêmio do Júri de Melhor curta-metragem no Forumdoc.BH – Brasil e Menção Honrosa pelo Júri da Competição Latino-Americana de Curtas – Mostra Ecofalante de Cinema.
Onde assistir: Disponível no YouTube.
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