A obra é fruto da dissertação de mestrado do autor, defendida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, estado que tem a segunda maior população indígena do País e onde vivem os Kaiowá e Guarani com os quais o autor conviveu e sobre os quais retrata o complexo cenário de violação de direitos e o movimento de luta e resistência.
Lucas teve uma convivência estreita, de sete anos, com a comunidade indígena, e acredita que isso o impulsionou para “o necessário engajamento e compromisso com a re-existência originária”. No processo de convivência, o autor também participou de mobilizações políticas e comunitárias dos Kaiowá e Guarani. “Esta experiência, que a princípio nos estranha e revolta pelas condições de desumanização e crueldade, nos transforma profundamente e mobiliza para as apreensões críticas sobre saúde, violência e resistência”, escreve ele na apresentação de seu livro.
O livro traz narrativas indígenas, estudos sobre a psicologia social e estudos decoloniais para apresentar novas perspectivas para a psicologia tradicional, além de registros fotográficos de diferentes momentos das comunidades.
A ilustração da capa e do interior do livro são de alunos do Colégio Estadual Indígena Teko Ñemoingo, do Tekoha Ocoy (terra indígena), localizado em São Miguel do Iguaçu. O projeto gráfico, em sintonia com todo o debate proposto pelo autor oferece, por conseguinte, uma camada adicional de leitura, convidando o leitor e a leitora a conhecer um pouco mais do universo iconográfico indígena.
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