Brasil recupera 144 obras cinematográficas que estavam na Itália

19 de junho de 2023

Alto custo do transporte era principal entrave para repatriação.

Reginaldo Farias e Irma Alvarez em cena do filme Porto das Caixas, 1962. – Foto: arquivo IMS

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Essa é a trilha sonora original, composta por Antônio Carlos Jobim, para o filme Porto das Caixas, de Paulo César Saraceni. O longa, que é uma das produções que apresentaram o Cinema Novo ao mundo, é também um dos 144 filmes que estavam em Roma, na Itália, desde 1979, e que voltam agora ao Brasil.
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De acordo com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o retorno é um reencontro do país com sua própria cultura, memória e identidade.
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O acervo estava em Roma, desde que a antiga Embrafilme fechou o escritório na capital italiana. Depois da empresa ter sido extinta em 1990, as obras ficaram sob a custódia provisória da Embaixada brasileira na Itália, conta Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa, que coordenou a repatriação.
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Segundo Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa, o alto custo para transportar as quase 2 toneladas de material tinha sido o principal entrave para repatriação do material.
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De acordo com o Chefe do Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Roma, Hudson Caldeira, é possível que haja títulos considerados “perdidos” entre os 524 rolos que chegaram no último sábado (17) em Brasília e que serão transferidos para a Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
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Mais uma razão para comemorar, nesta segunda-feira (19), quando o cinema brasileiro comemora 125 anos. O Dia do Cinema Nacional é celebrado em 19 de junho, em homenagem a Afonso Segretto, considerado o primeiro cineasta nacional. O ítalo-brasileiro filmou a Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, quando voltava da França, ainda a bordo de um navio, em 1898.