A Organização das Nações Unidas lançou no final de janeiro uma campanha contra a violência decorrente do machismo nas escolas. A ONU Mulheres lembra a importância de se promover a prevenção da violência contra mulheres e meninas nas instituições de ensino, como as escolas e universidades, por se tratarem de espaços voltados para a formação integral de meninos e meninas, homens e mulheres, para o exercício da cidadania e a promoção de mudanças sociais. A ONU Mulheres reforça os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para a promoção dos direitos das mulheres e o ensino pela igualdade de gênero, incluindo a Convenção pela Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará) e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Dentre os marcos nacionais, ressalta ainda a Lei Maria da Penha, que prevê o destaque nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, aos conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência contra a mulher. De acordo com Relatório da UNESCO sobre violência escolar e bullying, divulgado no inicio deste ano, milhões de meninas e meninos sofrem violência relacionada ao ambiente escolar todo ano. O relatório destaca ainda que a violência escolar é impulsionada por “dinâmicas de poder desiguais, que muitas vezes são reforçadas por normas e estereótipos de gênero, orientação sexual e demais fatores que contribuem para a marginalização – como pobreza, identidade étnica ou idioma”.
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