Comunidade árabe iguaçuense compareceu à Câmara para acompanhar a votação da moção – foto: Divulgação/CMFI
De H2Foz / Por Paulo Bogler Com 12 votos a favor, a Câmara de Vereadores aprovou moção em que repudia o que considera ser o “genocídio do povo palestino” na Faixa de Gaza, promovido pelo Exército de Israel. O documento será encaminhado para o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A manifestação é de autoriza da vereadora Yasmin Hachem (MDB) e reúne mais 11 signatários. O vereador Jairo Cardoso (União Brasil) votou contra, o presidente João Morales (União Brasil) só votaria em caso de empate, e Cabo Cassol (Podemos) estava ausente na votação.
A moção reivindica a necessidade de se promover a paz e assegurar os direitos humanos para todas as pessoas que vivem na região em que ocorre o conflito. E destaca a contribuição da comunidade árabe, também formada de palestinos, para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu.
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O texto faz um resgate histórico, distinguindo o sionismo, movimento que atuou para a expulsão de palestinos do próprio território, para a criação do Estado de Israel, há 76 anos, e mantém ainda hoje uma ideologia considerada “supremacista”. A moção questiona o uso desproporcional de forças pelos militares israelenses e o corte do fornecimento de água, luz, remédios e alimentos, o que afeta os civis, principalmente crianças.
“O que acontece hoje é que Israel acirrou, mais do que nunca, o desrespeito sistemático aos direitos básicos da população palestina”, cita o documento da Câmara. “O ataque do Hamas serviu como pretexto para uma operação desproporcional de retaliação por parte de Israel”, completa.
Em 7 de outubro, o Hamas lançou operação fulminante na fronteira com Gaza, matando e fazendo reféns israelenses e pessoas de outras nacionalidades. Em retaliação ao que chama de ato terrorista, o governo de Israel ordenou ataques aéreos, seguidos da ocupação terrestre e de deslocamento forçado da população civil.
Na ocasião, o comerciante de Foz do Iguaçu Fawzi Abdallah, filho de palestinos, já havia antecipado a destruição e perdas de vidas que se seguiriam na Faixa de Gaza. “Os civis inevitavelmente sofrerão, e infraestruturas essenciais como hospitais e escolas serão ainda mais afetadas”, adiantou ao H2FOZ, antes da ocupação terrestre por Israel.
Nesta quarta-feira, 29, um comitê local realizará em Foz do Iguaçu ato público de solidariedade aos palestinos, por paz e pela autodeterminação dos povos. A manifestação será na Praça da Paz, na região central, a partir das 18h.
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