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Dia Mundial de Doação de Leite Humano. – Luciana Gripp Barros é doadora de leite humano. Foto: Arquivo Pessoal
O Ministério da Saúde lançou na quinta-feira (18) a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano, com a meta de ampliar em 5%, em 2023, a oferta de leite materno a bebês prematuros ou de baixo peso internados em UTIs e que não podem ser amamentados pelas próprias mães. .
O Brasil conta, atualmente, com 228 bancos de leite humano e 240 postos de coleta. – Foto Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
. A coordenadora acrescentou que o leite humano diminui o tempo de internação dos recém-nascidos prematuros e com baixo peso, risco de infecções nos hospitais e compra de fórmulas infantis. Outra meta é buscar a autossuficiência dos bancos de leite humano do país. Somente o banco do Distrito Federal é autossuficiente. . Em vídeo, transmitido no lançamento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que a doação de leite materno é um procedimento seguro, que não envolve risco para as mulheres. . Mãe de Sofia, Camila de Lima Ribeiro contou como a doação de leite humano foi importante para salvar a filha. “Eu tive um quadro muito forte de anemia e não consegui amamentar minha filha por uma semana e meia. Graças ao banco de leite e a ajuda de outras mães, Sofia está aqui firme e forte”, disse. Depois, ela tornou-se doadora do banco de leite humano em Brasília. .
O Brasil é o país com a maior rede de bancos de leite humano do mundo, com 228 unidades e 240 postos de coleta distribuídos por todos os estados, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de coletar, processar e distribuir leite, os bancos e postos oferecem assistência a mulheres na prática do aleitamento materno. São Paulo é o estado com maior número de bancos (58) e tem 49 postos de coleta. Do total de mais de 234 mil litros de leite humano coletados durante o ano passado pela Rede BLH-BR, o Distrito Federal foi a unidade federativa que coletou a maior quantidade de leite humano: 15.162 litros. .
Foz do Iguaçu tem Banco de Leite Humano integrado à Rede Nacional. Faz coleta em domicílio, com hora marcada. Está localizado à Avenida Gramado, 763, na Vila A. Seu funcionamento é de segunda à sexta, das 7 da manhã às 18 horas. Para contatos e informações, use o telefone (45) 3031-4500. Veja, aqui, outros dados do banco iguaçuense.
. O Ministério da Saúde reforça que qualquer quantidade de leite pode ser doada. Um pote de 200 ml, por exemplo, serve para alimentar até dez bebês prematuros ou com baixo peso. Toda mulher que está amamentando pode ser doadora. É preciso estar em condição saudável e não estar tomando medicação que interfira na amamentação. . Para saber a localização de um banco de leite humano, basta ligar para o número 136 ou acessar o site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. . Acesse, aqui, a seção Foz do Iguaçu na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
. Para se tornar doadora, a mulher deve ligar para o banco de leite do IFF/Fiocruz, no número gratuito 0800 026 8877, e se cadastrar. São solicitados os últimos exames pré-natais. Ao fazer o cadastro, a mãe recebe orientação sobre como extrair e colher o leite. Imediatamente após a coleta, o leite deve ser congelado em frascos de vidro esterilizados que a mãe recebe do banco de leite humano e etiquetados. O material pode permanecer congelado por 15 dias. . As mães não devem fumar, nem fazer uso de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas. Serão doadoras durante o tempo que quiserem. Não há restrição quanto ao volume doado. O leite doado aos BLHs e Postos de Coleta passa por rigoroso processo de seleção, classificação e pasteurização até que esteja pronto para ser distribuído com qualidade certificada a bebês internados em unidades de terapia intensiva neonatais. .
O primeiro banco de leite humano do país foi criado em outubro de 1943, no Instituto Nacional de Puericultura, hoje IFF/Fiocruz, alcançando cinco unidades até os anos 80. O número começou a aumentar a partir daí e se configurou como Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH-BR) durante um congresso, em 1985. . A coordenadora da Rede BLH-BR, Danielle Aparecida da Silva, também coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH) do IFF/Fiocruz, informou que em outro congresso, em 2010, essa rede se estendeu como rede global de bancos de leite humano. “Porque só de 2005 em diante, a gente conta com a participação de outros países da América Latina e, depois, da Península Ibérica, do Caribe, da América e África.” Mais recentemente, aderiram países do Brics (bloco que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul). A rede brasileira serviu de inspiração para a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH). “Ela se amplia para uma rede global. Somos um único modelo, uma única ação”. .
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