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Aprendizado para a vida. Crianças aprendem a lição com a professora – Foto: Agência Brasil
Com o tema “Fraternidade e Educação”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a Campanha da Fraternidade 2022, nesta Quarta-Feira de Cinzas, 2. A abertura oficial poderá ser acompanhada pela internet, e a Diocese da Igreja Católica em Foz do Iguaçu preparou uma agenda descentralizada nas paróquias para trabalhar a temática.
A mensagem, destinada não apenas para católicos como também à sociedade, inclui a reflexão sobre valores, a importância do professor, a educação humanizada e o sentido de comunidade no ato de ensinar/aprender. A reflexão foi detalhada pelo padre Nivaldo Aguilera, assessor da Pastoral da Comunicação da diocese iguaçuense, no programa Marco Zero.
. É a terceira vez – 1982, 1998 e 2022 – que a Campanha da Fraternidade aborda a educação. Segundo o texto-base, o temário é atual e necessário ser debatido porque “a realidade de nossos dias fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.
“Só que isso não é um problema da pandemia, já vinha acontecendo há muito tempo”, ressaltou, afetando principalmente as pessoas dos estratos populares, os mais pobres. “Por isso a campanha olha algo que já acontecia, mas na pandemia ficou mais explícito: as várias desigualdades dentro da educação.”
De acordo com o padre Nivaldo, o ponto-chave da Campanha da Fraternidade 2022 é a relação da educação com a comunidade, sem perder a centralidade do professor no ensino/aprendizagem. “A escola ensina, a família ensina, a sociedade ensina e os amigos ensinam. Existem várias vertentes de ensino na vida de uma pessoa”, refletiu.
Segundo ele, a sociedade e a família não devem “terceirizar, restringir unicamente ao professor essa missão de educar e ensinar”. Em seu ponto de vista, a comunidade ensina e é ensinada, “embora o professor seja figura essencial na educação de crianças, jovens e adultos”.
No contexto da Campanha da Fraternidade deste ano, padre Nivaldo Aguilera defendeu a educação humanizada. “A partir de princípios morais e valores que são essenciais, os quais muitos precisam ser recuperados, como o valor da vida”, disse. Para ele, conteúdos são importantes, mas também é necessário recolocar o valor do “amor às pessoas”.
Para o padre, é inaceitável os ataques sofridos por professores que vêm de parcela da sociedade. Esse profissional “deve ser muito bem reconhecido pelas pessoas”, sublinhou. “Vivemos um contexto de ignorância muito grande sobre a figura dos professores, que têm pouco reconhecimento, inclusive salarial, por parte dos pais e do Estado”, frisou.
“Precisamos levantar essa questão, a da figura importante que é o professor na sala de aula e na vida. Quantos de nós fomos influenciados por nossos professores?”, ponderou. Para exemplificar, lembrou que fez questão de levar a sua primeira professora para ler a sua ordenação de padre.
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