© Ministério da Saúde/Divulgação
Canjica, munguzá, pé-de-moleque e pamonha. As comidas típicas são uma das principais atrações dos festejos juninos. Você sabe como surgiram esses quitutes? A diversidade de pratos e suas várias maneiras de preparo carregam consigo um pouco da história do Brasil, da miscigenação das culturas indígena, africana e europeia.
Alguns dos principais ingredientes das receitas são o milho, o amendoim, o arroz, a abóbora e a mandioca. O historiador Rafael Gonçalves explica que esses alimentos não foram escolhidos à toa. .
A tradição das comidas de milho, além da culinária colonial, também tem ligação com os povos originários da América, que ajudaram não só a popularizar o cultivo, mas também as formas de beneficiamento. O Brasil é hoje um dos maiores produtores de milho do mundo.
A abundância do grão se reflete na variedade de receitas durante os festejos de junho. Receitas essas que, ao longo dos séculos, e dependendo da região do Brasil, foram ganhando novos ingredientes, outros nomes e diferentes maneiras de serem produzidas.
Regina Tchelly, empreendedora social e fundadora do projeto Favela Orgânica, no Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul do Rio de Janeiro, conta que a variedade de pratos produzidos nos arraiás reflete a acolhida de pessoas vindas de várias partes do Brasil. Segundo ela, há uma união da tradição e inovação na cozinha que celebra os santos juninos.
Arroz Maria Isabel e Bolo de Fubá – Agência Brasil/Marcello Casal Jr
A celebração das festas juninas no Brasil é um reflexo da riqueza cultural do país. E a gastronomia típica desse período ajuda na consolidação da identidade multifacetada da cozinha junina brasileira. Segundo o Ministério do Turismo, os arraiais movimentam cerca de R$ 6 bilhões pelo país.
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